
Tudo começa com a necessidade de um viúvo farto de o ser e que por isso decide encontrar uma nova mulher. Um amigo, produtor de cinema, sugere-lhe uma forma interessante de o fazer, uma falsa audição para um pretenso filme. A empatia com uma das mulheres postas à prova transforma-se em algo mais e então tudo parece mais uma comédia romântica. A desconfiança quanto a isto justifica-se apenas por se saber quem realiza o filme.
A espera pelos twists compensa e de que maneira, já que são dos melhores que me recordo. Tudo o resto é um showcase de cinema perspicaz e cirúrgico nos pormenores, com cenas verdadeiramente memoráveis conseguidas por um realizador que desenrola com classe terrorífica e bom gosto inquietante todo o filme.Abusos, torturas, mentes perturbadas, perversidades sumarentas e um belo saco de pano são inseridos de forma inteligente em Ôdishon.
O cinema fantástico / terror sai honradíssimo com esta manifestação artística, na verdadeira acepção da palavra e MUITO BOM se calhar é pouco para definir tamanho filme de terror. Muito asiático e aconchegador. Obrigado Takashi.
9 / 10
primeiro vi ichi: the killer e depois audition.
ResponderEliminarsão filmes completamente diferentes do mesmo realizador, sendo que a parte final de audition se aproxima do que ichi é o tempo inteiro.
relativamente a audition, é um exemplo de controlo total da narrativa através da manutenção de uma atmosfera terrífica de que poucos se poderiam gabar.
sempre que olhar para uma corda de piano, direi entre dentes: «kitty, kitty, kitty» ...
percorri-te o blog de fio a pavio. gostei bastante. Um abraço e bom trabalho.
ResponderEliminarjá conheces o meu blog cinemedonho, mas também podes espreitar o axasteoquê. só que, como tem 780 entradas, vais demorar mais do que eu :D