REVIEW: HENRY, PORTRAIT OF A SERIAL KILLER, John McNaughton ( USA, 1986 )



Tiro certeiro, directo aos olhos dos consumidores mimados do terror
com monstros, zombies e outros items do inferno que germinavam
nos anos 80. John McNaughton vivia entre biscates e documentários
feitos na cave com geeks do vídeo de Chicago, um dia repararam que
tinham algum guito e arregaçaram as mangas "Baza fazer um filme!"

Faltava o tema! Um VHS sobre serial-killers descoberto na estante de
um conhecido desvendou uma musa: HENRY, um assassino verdadeiro
que matou para cima de 300 pessoas com ajuda do seu sidekick, Ottis.

Estava decidido, como o dinheiro era pouco, nada melhor que fazer um
filme quase documental sobre um serial killer que mata como quem fuma
um cigarro, no melhor cenário possível, os subúrbios de Chicago.

Estes foram os tijolos para uns dos filmes mais importantes da história
do terror. Henry brincou com o risco a ser pisado, baralhou as contas
ao sistema de classificação por idades, provocou o caos ao deixar o
público indeciso em apoiar o chalado ou a vítima, jogou com os limites
de voyeurismo e acima de tudo deixou um manguito gigante cravado
no planeta terra. Por tudo isto, o suposto pequeno filme inicial cresceu
e cresceu até se tornar a referência que hoje é para muitos realizadores.

Para além de tudo isto temos um tema principal fantástico, de presença
assegurada no Hall Of Fame do Terror e num album de Fantômas!

P.S: Tenho um palpite que este filme não ia ter metade do impacto se
Michael Rooker não tivesse interpretado o papel de Henry. Uma
performance assustadora! *****

10/10

2 comentários:

  1. um dos melhores thrillers de choque de sempre. e a música do irmão dele, robert mcnaughton, também fazia ferida.

    não sei como é que a carreira de john mcnaughton morreu.

    vi uma comédia de um gajo com a cabeça presa presa por alfinetes que ele fez a seguir com o actor que fazia de otis, uma banhada.

    o wild things ainda vá que não vá, mas o gajo voltou a desaparecer.

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