REVIEW : Seul Contre Tous / I Stand Alone ( Gaspar Noé, 1998, França )



















Este Gaspar Noé entrou já no meu top 5 de realizadores e tem muito para caminhar.

Tenho orgulho em apreciar Irréversible como deve ser e de ficar triste quando o reduzem a duas cenas mais impressionantes. Aprecio aqueles 15 minutos iniciais turbulentos, a criatividade com que o filme nos é contado, a estética perfeita, os planos sumarentos e obviamente o add-on Monica Belluci / Vincent Cassel, entre tudo o resto. E aprecio ainda mais a vontade que me deu de conhecer mais deste realizador argentino que se mandou para França.

Graças a tudo o que me faz ver cinema, vi Seul Contre Tous que se tornou desde já um dos meus filmes preferidos. Um pedaço de cinema perturbador, moralista e agressivo, directo, com um ritmo alucinante de textos bem escritos e boas ideias transpostas num filme duro e encorpado.

Philippe Nahon ( enorme desempenho ) é Butcher, um talhante com amor à profissão, com uma história de vida aterradora causadora de uma raiva infinita para com um mundo fechado. Tem as suas razões e transporta-as para nós com uma mestria seca e furiosa. O resto do filme gira à volta das voltas que a vida dá e que permite que os outros sejam vistos de forma diferente. A dureza do argumento e a frontalidade das imagens é apreciável até ao tutano. Genial.


De referir que as personagens de Seul Contre Tous advém da curta-metragem Carne, que não tive o prazer de ver e ainda que estou em pulgas para Enter The Void, estreado em festivais e certamente bom.

9/10

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