REVIEW: La maschera del demonio ( Mario Bava, 1960, Itália )



O filme de estreia de Mario Bava, apesar de ter finalizado
e colaborado em meia dúzia de coisas menores, foi com
La Maschera del demonio que Bava disse olá ao mundo
e cravou bem fundo no celulóide os 10 mandamentos
para o terror italiano.

Baseado num conto de Nikolai Gogol, Bava criou uma
atmosfera de mistério para contar uma história sobre
vingança. Uma bruxa condenada e queimada pela própria
família jura amaldiçoar as gerações vindouras com toda
a espécie de artimanhas diabólicas e para bem do filme
a profecia concretiza-se 200 anos mais tarde.

A imagem a preto e branco, sonolenta, remete para um
mundo passado de lendas e mistérios sobrenaturais
de contornos difíceis de definir como num pesadelo.
A ambiência gótica e suturna que contrastava com
o sensacionalismo macabro de produções de outros
cantos do globo coloca este filme num lugar especial no
museu do Terror.

Um filme estéticamente mágico que agrada aos sentidos
se tivermos a devida consciência temporal.

7.5/10

REVIEW: Paranormal Activity ( Oren Peli, 2009, U.S.A. )


















Vi finalmente o "fenómeno" Paranormal Activity, que sendo um filme de baixissimo orçamento atingiu esta semana o primeiro lugar na Box Office, deixando para trás Saw IV, por exemplo, que se torna assim no 1º filme da saga SAW a não atingir a primeira posição na semana de estreia.

A máquina de marketing funcionou perfeitamente, mas o filme saiu furado para mim. Preparado em 2007 e lançado em 2009, este Paranormal Activity,uma espécie de Poltergeist handycam que relata as experiências de uma jovem moça com elementos do além, não alcança sequer o mérito pela câmara meio "shaky" meio CCTV. Nem pelos fenómenos. Nem por nada. É um filme forçado,tornando-se chato e cansativo ( tal como o próprio casal ) esperar por picos, apesar de alguns ruídos e movimentos me terem subido o olho. No geral, é pouco estimulante e para quem procura o estilo Blair Witch, recomenda-se vivamente REC.

5/10

REVIEW: Body Bags ( John Carpenter/Tobe Hopper, 1993, USA )



Três histórias de terror realizadas por Tobe
Hopper
e John Carpenter num único filme que conta
ainda com participações fugazes de praticamente todos
os Big Boys do Terror Americano. Body Bags não é um
filme, mas sim uma suecada no café entre amigos:

Gas Station ( uma estação de serviço à noite, uma jovem
empregada e a notícia de uma onda de crimes violentos
são as peças de um segmento que faz lembrar Halloween
e o facto de John Carpenter ser um autêntico Ronaldo do
suspense. )

7/10

Hair ( Terror/Comédia/ficção numa tonalidade descontraída
a fazer lembrar Twilight Zone. A história de um careca que
queria ter cabelo e acabou por ser surpreendido pela
criatividade de um argumentista infantil. Segmento também
da autoria de John Carpenter )

6/10

Eye ( Basicamente a mesma história que o The Eye. Ainda não
encontrei dados para encontrar a razão da semelhança entre o
filme asiático e este segmento realizado por Tobe Hopper. Conta
ainda com a participação de Mark Hamill que demonstra porque
é que não entrou em praticamente mais nada digno de registo
depois de Star Wars. )

4/10

John Carpenter versão morto-vivo a servir de anfitrião numa morgue,
muito no estilo Tales from the Crypt.

10/10

Um "filme", saído directamente para TV, que não acrescenta nada de novo
servindo apenas como objecto de curiosidade para quem goste do trabalho
destes dois realizadores.

Apesar de ser um grande fã de John Carpenter e ter pena da infelicidade
das escolhas de Tobe Hopper dou:

6/10

porque exigia-se mais desta malta toda junta.

REVIEW : The Tournament ( Scott Mann, 2009, U.K. )


















Este blog não vive à custa do fantástico e o fim-de-semana de acção é saudável para o todo. E The Tournament encaixa, com todas as fórmulas. Houve buzz e este blog sobrevive.

Então é assim: De 7 em 7 anos, há um concurso privado em que as apostas dos tiranos prevalecem e ditam que 30 assassinos da alta roda, com modos próprios, se andem a eliminar uns aos outros. A máquina CCTV é o veículo de comunicação entre o campo de acção, leia-se estrilho e mortes, e os engravatados sentados na mesa a ver o jogo. No final do jogo, com a duração de 24h, só poderá restar um dos assassinos, que vence assim o concurso.

Como é fácil de ver que o caminho está desbravado para um bom filme de acção. Não é nada de novo e poder-se-á pensar que bebe um pouco de The Running Man com o grande Schwarzenegger, mas é certo que tem belas cenas de pancada, artes marciais, perseguições, explosões e as parolices / exageros necessários. Tem os plotholes que quisermos encontrar mas entretém, para além de contar com os bons desempenhos de Robert Carlyle ( este homem rocka sempre), Ving Rhames ( Day of the Dead ) e Kelly Hu.


7/10

REVIEW: Wrong Turn ( Rob Schmidt, 2003, USA )



Mais uma ramificação "horror no bosque com um tarado",
desta feita três, três aberrações consanguíneas do piorio desenhadas
pelo mestre Stan Winston ( Predador )

Wrong Turn vai directo ao assunto e não tem medo em ser
demasiado linear, preocupando-se tal e qual como um jogo
de computador, em ter sequências de acção intensas e marcantes.

A verdade é que esta filosofia transformou o filme num autêntico
Slasher/Jogo de Plataformas que não diverte o suficiente mas
que devido as CENAS DE MORTE bastante poderosas, encontra-se ali
no limbo entre os maus slashers/survivals e os bons.

Não há muito mais a esmiuçar sobre este tipo de produto que caminha
a passos largos para a extinção criativa.

5/10

REVIEW : ROCKNROLLA ( Guy Ritchie, 2008, U.K. )


















Para começar, não sou um grande admirador de Guy Ritchie mas sabendo que existe um suposto bom filme, vejo-o se possível, mesmo desconfiado do estilo. RocknRolla é um filme totalmente à imagem do ex de Madonna, com planos, ritmos e cortes rápidos, close-ups e transições wipe. No estilo não me enganei.

A história é típica dos seus filmes: Ladrões, junkies meio artistas, esquemas,uma gaja bem tratada com ar de cabra e um mafioso russo que tenta obter favores de um velho que se orienta bem no meio do crime. O arrastar da história envolve os casuais momentos semi cómicos, um quadro roubado que salta de dono em dono, um affair no clima guerra fria e umas surpresas pouco convincentes. Pelo menos para mim, já que não me enganei no resto também.

A mais-valia deste filme vai para a nova vaga de bons actores britânicos do elenco e entre eles destaco Tom Hardy ( Bronson ) e Toby Kebbell ( Dead Man´s Shoes e Control ). Conta ainda com Berbatov ( Mark Strong ) do Manchester United, que certamente pediu uns dias de folga a Alex Ferguson para rodar o filme. É incrivel a semelhança! O filme nem tanto, é apenas mais um Snatch, visionável, o que não me seduz muito.

6/10

REVIEW: Tenebrae ( Dario Argento, 1982, Itália )



Dario Argento
adora a Mulher.
É fascinado com as formas, o cabelo, o cheiro, a fluidez,
a força e a fragilidade. Em todos os seus filmes percebemos
esse fascínio através de uma estética bastante onírica e
recheada de pulsões eléctricas transformadas em cores,
movimentos e ritmos. Tenebrae é mais um volume dessa
faceta, um volume obscuro que pode ser injustamente acusado
de sexista.

Peter Neal um escritor de policiais vê a sua vida entrar numa
espiral de crimes e ameaças ao ver-se confrontado com um
assassino em série que se inspira no seu último livro, Tenebrae.
Um mistério que terá que ser desvendado para bem de todos
corpo a mais uma experiência visual Dario Argento. Numa tonalidade
Giallo ( definição de história policial muito própria da cultura italiana )
assistimos a um desfile de líbido e sangue que encharcam os nossos
olhos de tensões sexuais, os nossos sentidos de nervosismo e o nossa
consciência repleta de perguntas de retórica e dúvidas filosóficas.

É pena que estejamos no ano 2009 e que não tenhamos a inocência
visual dos anos 80 para assimilar de forma mais séria a violência visual.
No entanto, com a consciência de contexto tudo ganha lógica e a
mensagem passa incólume.

Mais um essencial Dario Argento que aconselho vigorosamente.
Aproveitem estes antigos que o homem está a ficar senil.

Foco de atenção sobre Veronica Lario, diva do cinema italiano
tragicamente esposa do demónio, Silvio Berlusconi. Vítima no
celulóide, vítima na vida real.

8/10

REVIEW: The Hills Run Red ( Dave Parker, USA, 2009 )



Um filme de Terror com ar Slipknot/bonecas
de porcelana. Típico standard mínimo americano:
Técnica exímia vídeo-clip + Zero alma.

Um filme sobre um filme de terror misterioso, objecto
de curiosidade e pesquisa por parte de um jovem
entusiasta da facada. Na sua busca, arrasta consigo
os amigos do costume e todos acabam no mato do
costume com o tarado do costume.

A autocrítica constante muito à la Scream
torna-se demasiado nerd para o meu gosto
e atribui ao filme um carácter pretencioso
que não lhe assenta nada bem.

No entanto, muito por culpa do bom trabalho
na realização e montagem à video-clip, o filme,
apesar de bastante previsível, não é nada chato
de se ver. Quase como quando revemos um vídeo-clip
aleatório num canal de música qualquer e vemos até
ao fim só porque sim.

Sem dúvida um dos melhores dos piores do género
"vou invadir o vídeo-clube a ver se rende alguma coisa".

Para finalizar deixo aqui a chamada de atenção para a
protagonista moreninha Janet Montgomery que na minha
humilde opinião tem imenso potencial :D

5/10

REVIEW: Surrogates ( Jonathan Mostow, USA, 2009 )



Um bom sci-fi/action calha sempre bem em qualquer altura.
Normalmente aliado a um bom conceito tecnológico/social temos
um conjunto de cenas de acção que nos consolam as vistas durante
uns largos bons minutos. Filmes como I,Robot, Minority Report,
The Island ou Babylon AD sejam bons ou maus têm sempre boas
ideias e boas explosões. Surrogates encaixa perfeitamente nesta
família.

Num futuro próximo o conceito de avatar é levado ao extremo.
O cidadão tem agora a oportunidade de estar sossegadinho em
casa no sofá a coça-los 24horas por dia enquanto que a sua
representação andróide dá o corpo ao manifesto. Ligado por
todo um conjunto de fios e botões coloridos o homem mais gordo
ou a mulher mais feia pode optar por ter um corpo perfeito
segundo os cânones das revistas, tudo isto ainda com o bónus de
se acontecer alguma coisa ao "corpo fictício" o pior que pode acontecer
é esperar que o seguro resolva o problema. A ideia é uma boa metáfora
hiperbolizada da actualidade doentia em que a malta projecta os seus
sonhos num "eu" virtual em redes socias de toda a espécie.

Para além disto temos muitos tiros e explosões e carros a capotar,
o que é óptimo na minha perspectiva.

Jonathan Mostow
, responsável pelo azeite máximo que foi
T3 - Rise of the machines, consegue aqui redimir-se um pouco
com um polícial futurista bem contado e bem vistoso.
Apesar disso, falta aqui alguma estrelinha mágica e exigia-se
um pouco mais de profundidade de argumento. Em nenhuma
altura senti-me a imergir a 100% na história e em nenhuma
altura senti o meu corpo a tremer com cenas de acção
verdadeiramente intensas. Ficou tudo sempre a meio caminho.

Juntando as peças todas temos sem problemas nenhuns, um
bom filme com o Bruce Willis :D

7/10

REVIEW : Seul Contre Tous / I Stand Alone ( Gaspar Noé, 1998, França )



















Este Gaspar Noé entrou já no meu top 5 de realizadores e tem muito para caminhar.

Tenho orgulho em apreciar Irréversible como deve ser e de ficar triste quando o reduzem a duas cenas mais impressionantes. Aprecio aqueles 15 minutos iniciais turbulentos, a criatividade com que o filme nos é contado, a estética perfeita, os planos sumarentos e obviamente o add-on Monica Belluci / Vincent Cassel, entre tudo o resto. E aprecio ainda mais a vontade que me deu de conhecer mais deste realizador argentino que se mandou para França.

Graças a tudo o que me faz ver cinema, vi Seul Contre Tous que se tornou desde já um dos meus filmes preferidos. Um pedaço de cinema perturbador, moralista e agressivo, directo, com um ritmo alucinante de textos bem escritos e boas ideias transpostas num filme duro e encorpado.

Philippe Nahon ( enorme desempenho ) é Butcher, um talhante com amor à profissão, com uma história de vida aterradora causadora de uma raiva infinita para com um mundo fechado. Tem as suas razões e transporta-as para nós com uma mestria seca e furiosa. O resto do filme gira à volta das voltas que a vida dá e que permite que os outros sejam vistos de forma diferente. A dureza do argumento e a frontalidade das imagens é apreciável até ao tutano. Genial.


De referir que as personagens de Seul Contre Tous advém da curta-metragem Carne, que não tive o prazer de ver e ainda que estou em pulgas para Enter The Void, estreado em festivais e certamente bom.

9/10

REVIEW: Staunton Hill ( Cameron Romero, USA, 2009 )



Valha-me Deus. O filho do George Romero não tem jeito
nenhum para isto. Como é possível ter os meios, o dinheiro,
uma cunha descomunal e fazer isto? Isto não tem
ponta por onde se pegue, um dos filmes mais sem personalidade,
ocos, de já vú e "Etceteras" de podres que já vi.

Nem vou me esticar muito mais. Até fico com vergonha de
dizer que isto é um cópia sem vergonha de The Texas chainsaw
massacre
, com variações completamente escusadas e muito
mal dirigido.

Há aqui alguém que precisa de ficar de castigo fechado no quarto
sem fazer filmes.

1/10 ( O gore bastante bem conseguido ajuda a passar o tempo. )

REVIEW : Session 9 ( Brad Anderson, 2001, U.S.A. )


















Depois de ver Session 9, chego à conclusão que Brad Anderson ( The Machinist ) explora exaustivamente o tema central Culpa. Não sei se cicatrizado demais ou não, o homem dá-lhe nisto há algum tempo.

Ainda não vi Transsiberian e o âmbito parece-me diferente, mas certamente não me causará surpresa se abordar sofrimento e remorsos. Bem, acerca de Session 9...

Trata-se de um thriller com diversas parecenças com The Machinist, não na história em si mas na forma de estruturar o filme, com o twist quase matemático e revelador da mesma personagem traumatizada e embebida em todos os recalcamentos.As personagens estão até bem construídas, desde o momento em que iniciam o restauro de um asilo em conjunto, até à sua destruição. Mortes bem encenadas e sujas vão fazendo o caminho, sob um clima de desconfiança e terror de grupo.

É legítimo ter um estilo próprio e às vezes engraço com o visual "rusty" / armazem abandonado /revolução industrial que Brad Anderson carrega nos 2 filmes que vi, no entanto este filme não perdurará. Não me levantou do sofá mas vê-se bem e isso
parece-me suficiente.

6/10

REVIEW : The land that time forgot ( Kevin Conner, 1975, U.K. / U.SA )















Baseado no livro de Edgar Rice Burroughs, o criador de Tarzan, este é um filme que conta a história de uma tripulação desordenada de um submarino, que entre conflitos, peripécias e falta de combustível, chega a Caprona, uma ilha vulcânica co-habitada por tribos e dinossauros.

Após uns longos minutos em que somos enclausurados a bordo, sem grandes motivos de interesse, o filme anima-se ( como se esperava ) à chegada à ilha. É uma aventura do fantástico, mais que clássica adoçada com efeitos especiais "à la King Kong", com um fundamento de conto e fantasia. Os dinossauros à porrada, os Sto-glus e restantes primatas picaram o ponto e os heróis à antiga formam o bolo da obra.

Aconselhável a quem gosta de cenários serigráficos e cachimbos de marinheiros, este antecessor de Jurassic Park é um bom ponto de cultura e de saber, com as falhas normais característicos da época em que foi feito mas não é magnífico. Magnífica é a rapariga que é salva pelo herói, como se quer...

6/10

REVIEW: Return of the living dead 3 ( Brian Yuzna, 1993, USA )



O último filme da saga Return of the living dead.
Brian Yuzna pegou em muito pouco dos filmes anteriores,
recorrendo apenas aos zombies e aos bidões militares com
produtos tóxicos. O resto dispara num sentido completamente
oposto. Desta feita temos drama, amor e valores familiares
pontilhados com MUITO gore e incursões viscerais muito na onda
de filmes como Hellraiser e Tetsuo. Os Zombies agora não são
massas de corpos disformes tipo Lemmings a caça de cérebros,
mas sim personalidades únicas com que Brian Yuzna conta uma
história escatológica.

Apesar da história escolhida ser um tanto ou quanto parola, a verdade
é que cheguei ao fim do filme e fiquei a acenar com a cabeça positivamente
durante alguns segundos em sinal de aprovação.

Um filme que destoa no propósito da trilogia mas que se destaca
por ser verdadeiramente badalhoco e ambicioso ( se calhar até
pretencioso ).

7/10

REVIEW: Infestation ( Kyle Rankin, USA, 2009 )



Há cerca de dois anos descobri uma mini-série de nome
Hellholes no site atom films ( recomendo vivamente uma
espreitadela ). O criador era um tal de Kyle Rankin
e fiquei com imensa vontade de ver mais coisas dele. Assim
que soube que ia fazer uma longa metragem, de nome
Infestation, com insectos gigantes fiquei em pulgas e
ansioso para ser destruído com diversão.

Foi com alguma histeria que carreguei no play assim que
arranjei uma "cópia"....TAU! O filme não perde tempo em
grandes introduções, dando a conhecer as personagens ao
mesmo tempo que baratas gigantes as destroem, o sentido
de humor constante inicialmente entusiasma para logo a seguir
enjoar, os efeitos especiais manhosos estão no ponto para o
que o filme exige e quer transmitir mas sobretudo toda a acção
segue uma estrutura clássica de desenvolvimento que torna o
filme enfadonho apesar da magia toda no ar. Esperava muito
mais de uma mente criativa que mostrou enorme potencial
no, volto a repetir e a frisar, genial HELLHOLES.

Resumindo: Um filme 70% divertido 30% enfadonho.

6/1o

REVIEW: Trick r' treat ( Michael Dougherty, USA, 2009 )



"A noite em que os mortos e outras coisas piores
surgem na terra"

Incrível! Este filme anda aos trambolhões desde 2007 para
agora em 2009 sair directamente para DVD pela porta pequena.
Mais do que injusto para um filme, que apesar de ter um poster
que parece uma capa de Korn, é QUASE PERFEITO!
Assumo o que escrevi plenamente: Trick r´treat é um clássico
instantâneo que anda a deixar a malta toda em delírio e que
me encheu as medidas quase quase plenamente.

Várias personagens, acontecimentos cruzados e peripécias do além
preenchem a noite de Halloween de uma qualquer cidade nos E.U.A.

Um filme recheado de pormenores, referências e pequenos tributos a
praticamente todos os género de terror/fantástico: desde o mais MTV
possível até ao mais Indie Cagalhão de todos os cantos do globo.
Um panelão de diversão nocturna.

O filme perfeito para ver junto à lareira ( para quem tiver ) com umas
pantufas e um chocolate quente...com a chuvinha lá fora.

9/10

UM CONSELHO: NÃO VEJAM O TRAILER ( acreditem que
torna a viagem
mais divertida :D )... mas se quiserem força
está aqui em baixo. ok?

REVIEW: Return of the living dead 2 ( Ken Wiederhorn, 1988, USA )



Este filme fez-me lembrar aqueles miúdos que quando percebem
que os adultos lhes estão a achar graça repetem a mesma piada
vezes sem conta até provocar náuseas. A sequela de Return of
the living dead, recentemente revisto aqui no blog, é uma
valente bosta.

História? Um barril tóxico, uma cidade cheia de zombies e um
punhado de heróis ocasionais...o costume.

O que era subtil, inteligente e genuíno no primeiro filme tornou-se
parolo e extremamente irritante neste. Apesar disso há aqui meia
dúzia de coisas com engenho no campo da criatividade FX e um ou dois
gags com piada mas isso não vale 1h25 de massacre azeite. Para além
disso temos que levar com a voz nojenta de uma ruiva histérica grande
parte do filme.


Fail.

4.5/10

REVIEW: Critters ( Stephen Herek , 1986, USA )



Meio Sonic meio Gremlins meio "vou-te mastigar e
estragar-te o dia a ti e a tua família " CRITTERS
é um clássico Liga Vitalis que só não é um clássico
Liga Sagres porque faltou ali um bocadinho de destreza
no desenrolar dos eventos.

Apesar de algum azeite esporádico, ninguém tira o mérito
aos ETs peludos cheios de alegria que rebentam tudo
e todos só para manter a reputação de "Minorcas mais
fodidos do Universo". Vindo do "universo" surge também
um par de mercenários apáticos armados até aos dentes
com o objectivo de exterminar os ditos cujos.
Todo este drama passa um bocado ao lado apesar de alguns
apontamentos de humor dignos de uma risada seca isolada.

É quase pornografia: fast-forward mental até ao momento
em que surgem os olhos vermelhos a brilhar no escuro...
SANGUE!

6/10

REVIEW: Return of the living dead ( Dan O'Bannon, USA, 1985 )



O poster diz tudo: RETURN OF THE LIVING DEAD
é bem capaz de ser dos melhores filmes do género.
Essencial para quem gosta de ZOMBIES! Estes aqui
dizem BRAIIIIINS e apesar de estarem num estado
avançado de putrefacção emanam frescura e boa
disposição. Enquanto que Romero, Fulci, Bava tentaram
meter medo O'Bannon tentou mostrar o lado cool da coisa
ao som da disco, da laca, da ganga e do cabedal.

O fumo tóxico verde é de provocar cegueira nesta
peripécia descomprometida que nos leva a um mundo
de diversão à parva e a francesa.

A reter essencialmente um punhado de bons actores
que apesar de roçarem ali um bocado de teatro à revista,
( a pedido do contexto) conseguem-no fazer com classe e
assim dar força a uma história já por si super colorida.

Um clássico para aparecer no dicionário na palavra
Zombie.

Bota play no deck.

8/10

REVIEW : Mum & Dad ( Steven Sheil, U.K., 2008 )


















Mum & Dad é um torture-porn indie com um toque de humor negro brit. Os actores são insólitos, para não dizer outra coisa. A exposição é o retrato de uma família que trabalha no aeroporto e que vive do que este lhes oferece. Literalmente.
A recolha de um novo membro para a família, uma polaca que também trabalha em Heathrow renova os vícios familiares e ambienta ainda mais a casa sobrevoada constantemente por aviões. E mergulhada em sangues, cortes e bizarrices.

Este filme situa-se algo entre um Texas Chain Saw Massacre ( estilo familiar e de algumas personagens coladas à descarada )e um Grotesque( já visitado no blog ). Limitado( ou não ) pelo low budget evidente, o trabalho é de louvar e não subestima o género.A estética está lá, é sujo e engraçado e tudo... As vísceras e o sangue estão bem para o bolo e houvesse mais uma ou duas cenas do nível da grande festa de Natal e subia a parada deste Mum & Dad. Apesar disso, os britânicos vão rockando.

6/10

REVIEW: X-Men Origins:Wolverine ( Gavin Hood, USA, 2009 )



Este filme entrou-me por um olho e saiu pelo outro.
Desde que estreou o primeiro X-Men que nunca
fui a bola com o galã Hugh Jackman no papel de Logan,
o gajo mais azedo e bruta-montes para a porrada a face
da terra. O Hugh Jackman é um óptimo artista mas
falta-lhe aquele cheiro a bandido, salafrário com ar de
maluco necessário para dar corpo ao jagunço do Wolverine.

Tendo feito esta declaração, só posso conduzir esta review
nesse sentido. Não gosto nada da versão cinematográfica
de Wolverine em todos os filmes da saga e em especial neste.
Nos outros filmes lá disfarçava com aquele conjunto de anormais
coloridos cheios de poderes e boa disposição, mas a solo não consigo
mesmo assimilar a coisa. Ainda para mais X-Men Origins: Wolverine
é seco como a putaça em tudo. A começar na dramatização insossa
de uma história de vida cheia de problemas culminando nas cenas
de acção completamente desenxabidas.

Em suma, diverti-me muito pouco.

5/10

REVIEW : Angel Heart ( Alan Parker, U.S.A. , 1987 )


















O Mickey Rourke enérgico, todo cheio de vida e ainda parecido com o Bruce Willis é uma imagem que me deixa saudade. A personagem, bastante New York, é um detective de média classe pouco habituada a grandes estrilhos até entrar em pactos com um Robert DeNiro de barba farta e cabelo à senhora de Lamego. A viagem / investigação envolta em magia negra, rituais e comunidades faz-se no Louisiana, no meio de blues e whisky.

O desenrolar da acção, o suor, os fósforos do Mickey e algumas surpresas espicaçam este thriller clássico no entanto não o aprecio ao ponto de o considerar colecionável. Apesar de toda a lógica mantida e de variados ingredientes interessantes, perde-se em momentos meio monótonos e esperáveis, mesmo com o desfasamento temporal considerado.

É um TÁ FIXE quando podia ter sido um WOW.

6/10

REVIEW : Ghost Dog: The Way of the Samurai ( Jim Jarmusch, U.S.A , 1999)



















De um grande realizador, uma bela história, uma bela obra. Muita tensão inteligente.

Cheio de códigos de honra, cenas marcantes e acção no tempo certo, este filme não consegue impressionar pela velocidade ou pelo recurso aos meios, mas sim pela consistência da história e pela singularidade das personagens.É bonito, pronto.

Um soturno Forest Whitaker interpreta um papel certamente especial que aumentou os meus níveis de respeito.Os diálogos e as relações entre as personagens chegam quase à perfeição e atingem um nível artístico, algo a que Jim Jarmusch viria a repetir em filmes posteriores como Cofee & Cigarrettes ou Broken Flowers.

A carga sonora é hip-hop sustentada com aparições dos "amigos" Wu Tang Clan ( também surgem em Cofee & Cigarrettes ).

Tenho uma visão formatada e por sinal muito positiva deste realizador e deste filmaço, por isso esta análise corre o risco de ser tendenciosa.

8/10

REVIEW: G.I JOE, Rise of the Cobra ( Stephen Sommers, USA, 2009 )



Este Stephen Summers é seguramente o 2º melhor
realizador blockbuster azeiteiro Hollywood. Cada vez mais
caminha para ser um digno substituto de Roland Emmerich.

G.I JOE, Rise of the Cobra é um filme exagerado em tudo.
Durante todo o filme fiquei com a sensação que todas as cenas
sem excepção foram retiradas de um processo científico de
análise de brincadeiras de rapazes com G.i Joes.

Saltos gigantes, tiros extra luminosos, ninjas, SIENNA MILLER,
pornografia FX, salvamentos que destroem mais edifícios e vidas
humanas que o próprio plano maléfico, Naves e veículos super
avançados que fazem muito barulho e vilões que querem apenas
CONQUISTAR O MUNDO
porque sim.

Um hino a inocência e aquelas tardes no jardim a mandar tanques
e carros pelo ar com a imaginação.

Quando acabar o filme comam um pão com manteiga,
bebam um Nesquick e façam o TPC.

Rock n´roll absoluto!

7/10

PREVIEW: Nightmare on Elm Street ( 2010 )



Já tinhamos antecipado aqui este filme,
agora disponibilizamos o trailer para que façam
os vossos prognósticos. Eu estou bastante desconfiado
tipo gato debaixo do sofá.

Este ar "Sei o que fizeste o Verão passado"
deixou-me um bocado indisposto e com aquela
sensação de receber ceroulas e meias no Natal.

"Obrigado Platinum Dunes. Dá sempre jeito hehehe."

REVIEW: Star Trek: The Future Begins ( J.J. Abrams, USA, 2009 )



Apesar de Star Trek - Wrath of Khan ter sido dos filmes
que marcou mais a minha infância sempre achei a saga Star Trek
completamente idiota e enfadonha. Idiotas aos gritos a debitar percentagens,
estatísticas e potências para a nave ir em frente com sucesso. Para além disso
sempre achei tremendamente parva a ideia de uma raça extraterrestre
distinguir-se da raça humana através de pormenores ridículos tipo
"orelhas pontiagudas", "ser azul", "ter um X na mão esquerda". Enfim,
alguns motivos para não ter pachorra para isto, podia ficar aqui mais meia hora
a lembrar-me de coisas deste género mas não é por aí que quero ir.

Este Star Trek com açucar não me suscitou grande interesse inicialmente
por motivos óbvios e nem com o homem do momento J.J Abrams a comandar
a Enterprise esse desinteresse desvaneceu.

A verdade é que acabei por pegar no filme as 3h da manhã, pois estava cheio de
energia e não conseguia dormir, e arregacei as mangas do pijama e pus-me a
ver isto até o sono vir. O sono não chegou, verdade seja dita, porque colei no ecrã
feito maluco. Este Star Trek deixou-me mesmo entusiasmado e podem-me acusar
de tudo e mais alguma coisa que não me desmotivam. Senti quase a mesma energia
que senti quando vi o THE WRATH OF KHAN em novo e não descolei por um segundo.

É o argumento? Nem por isso. Os efeitos especiais? Nem por isso. Os actores? Não me
parece. É o quê? Não sei explicar mas houve aqui qualquer coisa subliminar que me deixou
realmente e infantilmente feliz. Se calhar vou arriscar ver outros Star Treks. :)

A aposta da Paramount para tentar renascer o Franchise funcionou comigo plenamente
e espero que funcione com o resto do planeta porque sinceramente estou disponível para
mais.

LIVE LONG AND PROSPER!

7.5/10

( o trailer em espanhol é uma gracinha minha )

REVIEW: Rise of the Gargoyles ( Bill Corcoran,2009, USA|FRANÇA|CANADA )



Uma produção à lá "Rex, O cão polícia", saída directamente
para televisão, que me entusiasmou por envolver GÁRGULAS,
polícias franceses exageradamente estereotipados, comic reliefs
terríveis e as piores estratégias e decisões para combater este
tipo de monstro.

Não sei se foi por estar com um grau de exigência baixo ou
por adorar GÁRGULAS desde tenra idade e não haver muitos
filmes sobre este bicho para saciar esta necessidade particular,
mas achei um piadão a isto.

Os efeitos especiais são terrivelmente divertidos assim como
o facto de uma GÁRGULA do tamanho de um Tigre passar
despercebida na pequena cidade de Paris.

Não recomendo. Mas se virem isto um dia sem querer lembrem-se
aqui da dica da Lula.

5/10

REVIEW: The Thaw ( Mark A. Lewis, 2009, USA/CANADA )



Uma coisa é certa: Ou se tem uma boa ideia e talento
para pegar no tema "parasitas" ou então mais vale ir
jogar a bola com os amigos. Este The Thaw encaixa no
grupo dos desastrados miseráveis. Ainda para mais nesta
altura em que os mosquitos andam ai a foder a paciência
a tudo e todos.

Um parasita pré-histórico completamente idiota
é o mote para um filme com as dicas ecológicas da praxe.
Sinceramente já não tenho cu para estes papéis químicos
tirados de outros papéis químicos de outros papéis
químicos (loop) que não acrescentam, brincam ou entusiasmam,
limitindo-se a existir como uma brisa insignificante.

A única coisa positiva neste filme é ver o Val Kilmer gordo.

3/10