
O filme de estreia de Mario Bava, apesar de ter finalizado
e colaborado em meia dúzia de coisas menores, foi com
La Maschera del demonio que Bava disse olá ao mundo
e cravou bem fundo no celulóide os 10 mandamentos
para o terror italiano.
Baseado num conto de Nikolai Gogol, Bava criou uma
atmosfera de mistério para contar uma história sobre
vingança. Uma bruxa condenada e queimada pela própria
família jura amaldiçoar as gerações vindouras com toda
a espécie de artimanhas diabólicas e para bem do filme
a profecia concretiza-se 200 anos mais tarde.
A imagem a preto e branco, sonolenta, remete para um
mundo passado de lendas e mistérios sobrenaturais
de contornos difíceis de definir como num pesadelo.
A ambiência gótica e suturna que contrastava com
o sensacionalismo macabro de produções de outros
cantos do globo coloca este filme num lugar especial no
museu do Terror.
Um filme estéticamente mágico que agrada aos sentidos
se tivermos a devida consciência temporal.
7.5/10