Reviews: Fantastic Voyage (Richard Fleischer, U.S.A., 1966 )


















Um filme de culto, vencedor de 2 óscares e que motivou o grande Isaac Asimov a escrever uma réplica ( algo pouco habitual ), pós-filme.

O argumento vive da fértil imaginação e criatividade imensa da época, em que o desconhecido fascinou muito e o porto seguro foram os mais geniais cientistas.
Um grupo de quatro homens e uma mulher formam uma tripulação, que dentro de uma nano-nave, tem a missão de viajar por dentro do corpo humano e realizar uma complexa intervenção cirurgica. O objectivo é salvar a vida de uma pessoa demasiado importante para morrer.

Os efeitos visuais são muito sui generis e todos os espaços internos do chassis humano têm as alegorias e componentes que me fez ficar colado até ao fim do filme. É óbvio que não podemos entrar em comparações contemporâneas, nem sequer esquecer as limitações da época, mas é sem duvida uma grande obra, recheada de grandes ideias e efeitos especiais, imperdível para os fãs do género.

Não é por acaso que James Cameron irá fazer um badalado remake.

7/10

Kick-Ass Red Band Trailer: Meet Hit Girl

Mais um trailer do aguardado Kick Ass.

Agora é esperar.


Kick-Ass Red Band Trailer: Meet Hit Girl - Film School Rejects

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TOP LULA NATALÍCIO



Pumba. Caiu-nos em cima o Natal com grande agressividade.
É encher o bandulho até morrer e fazer de conta que somos cristãos.
Sou fã acérrimo desta época por vários motivos óbvios; prendas,
família, Rua de Santa Catarina, castanhas, nascimento de Jesus, etc...
mas o melhor de tudo é ver filmes no sofá com os primos e os tios.
Assim deixo uma sugestão de 10 filmes para a consoada:

As ofertas são várias, escolham consoante o vosso espectro familiar
e tenham um óptimo Natal.

Sem ordem específica:


Poltergeist:
Steven Spielberg + família Vs. Além.

Black Christmas:
Uma républica cheia de miúdas a celebrarem o Natal + Assassino.

The Gate:
Portal para o Inferno no quintal. Excelente para ver com primos
mais novos.

Gremlins:
Sem comentários.

Fearless Vampire Killers:

Muita Neve, vampiros e um ambiente super acolhedor e mágico.
Num tom burlesco perfeito para toda a família quando os miúdos
já estão a ficar com sono.

Home Alone:
Não me canso de ver este filme e verdade seja dita o homem que
mete sal nos passeios é das cenas mais assustadoras de sempre.
Excelente.

Back to the future ( trilogia ):
Esta trilogia deve ser sempre revista nesta época. Sempre.

Hellraiser:
Para terminar a noite recomendo este festim de violência para
desenjoar. A caixinha dos cenobitas com um lacinho em cima fica
um mimo nesta altura.

Jurassic Park:
Natal + Dinossauros = plenitude.

The Happiness of the Katakuris:

Um filme sobre a Família. Para ver de barriga cheia e quando já
está tudo a aparvalhar.

Review: Avatar ( James Cameron, 2009, U.S.A. )


















I´m blue dabadidabada.

Via iMax meets óculos escuros, este é um momento incrível. A nível visual é das melhores experiências que já tive numa sala de cinema e valeu bem o custo. Ainda bem que 7,40 € não soluçaram engasgados, em nome do showbiz.

Nem sou nada "Final Fantasy" mas os ambientes gerados por James Cameron, em quarentena há uns tempos,com budget avultado e abraçado ao fundo do mar, são simplesmente intensos, de uma enorme cor e ligação à mãe Natureza. Isto no ecrã das dimensões, cada vez mais perto, mergulhou-me durante largos minutos. O estilo jogo de computador + Sir Arthur Conan Doyle + Jurassic Park + LSD + Julio Verne está no ponto.

Tudo é minuncioso na estética de Avatar, todos os planos são pensados, equilibrados com legendas e profundidade de campo, pronto a resolver problemas do passado. A aproveitar a tecnologia e CGI esticado ao limite Cameron foi genial.

Na história manteve a banalidade e o amor, apesar da Sigourney Weaver, mas felizmente nem tudo neste filme é para reparar.

8/10

REVIEW: The House of the Devil ( Ti West, 2009, U.S.A. )


















Bom filme de terror.Com boa dose de sal e pimenta.

Ao aceitar ser babysitter numa noite de eclipse, uma menina é levada a casa de seu hospede.Uma amiga, que por sinal é uma das loiras de BagHead, junta-se por conveniência e fazem uma boa viagem...

Está bom de ver que não é novo, mas é um filme centrado numa atmosfera e clima bem trabalhado,em que o "não ser novo" ajuda o espírito. O tema Casas Assombradas, tipico e explorado antes, leva aqui com uma mão no ombro.Lento e revivalista até à explosão, rebenta bem, com o esquema bem definido e há cultos, banda sonora e sangue q.b..

Bem realizado, muito eighties até no movimento e acção das personagens. Desejo a todos muito VHS de aluguel, soda e lays no sofá. De carapins.

8/10

REVIEW: CRANK: HIGH VOLTAGE ( Mark Neveldine/Brian Taylor, 2009, USA )



Julgava que era impossível ser mais gratuito, violento,
rápido, azeiteiro e obsceno que o primeiro filme.
O segundo tomo de Crank é absolutamente doente,
frenético e viciante a duplicar e tem o upgrade fantástico
de ter Mike Patton como responsável pela banda sonora
o que torna as coisas ainda mais ritmadas e coloridas.

KABOOM!

Não há mais nada a dizer. O homem agora tem um coração
artificial e precisa de ELECTRICIDADE constante para
continuar a sua saga de destruição massiva sobre tudo e
todos.

Mais uma biqueirada nos filmes de acção ocidentais, engonhados,
coninhas e Domingueiros. Os Asiáticos começam a ter rivais a altura
com estes dois sujeitos.

Mais! MAIS! MAIS!

9.5/10

REVIEW: Crank ( Mark Neveldine / Brian Taylor, 2006, USA )




Uma palavra para descrever Crank: FODASSE!
O melhor filme de ACÇÃO que já vi desde há muito,
fodasse: se calhar é o melhor que já vi mesmo!

Quem se puser com "haaa mas aquela cena não tinha
lógica..." a ver este filme deve levar imediatamente
com um tiro nos tomates só para não se armar em
Kasparov.

Temos tudo aqui: Um anti-herói perfeito e memorável, bruto
como os cães e imune as leis da Natureza, uma edição de provocar
insónias durante semanas, uma comédia romântica sem escrúpulos
e 100% machista, vilões com personalidade suficiente para levarem
porrada com mais estilo.

A história:

Um homem ( perigoso e artista do assassinato ) acorda mal disposto
e rapidamente descobre que lhe injectaram uma merda chinesa que
lhe fode o esquema todo da adrenalina. A solução a curto prazo enquanto
não apanha o salafrário com o antídoto, é manter a adrenalina ao máximo,
caso contrário morre. E como se mantêm a adrenalina ao máximo?
A resposta está algures entre o Grand Theft Auto e o Postal.

Imaginem o estilo kitsch de disposição de personagens de Guy Ritchie,
misturado com a liberdade e horizonte criativo de Takeshi Miike e os
movimentos tortuosos de Michael Mann e têm CRANK: se calhar o
melhor filme de acção de sempre!

Vou já ver o CRANK 2: HIGH VOLTAGE senão explode-me o coração!

9/10

REVIEW: Gamer ( Mark Neveldine/Brian Taylor, 2009, USA )



Gamer, realizado pela dupla hiper-tensa também
responsável pela série Crank, é um filme de acção
exagerado em tudo. Ficamos tontos do início ao fim
e dependendo do tamanho da televisão ou da tela
podemos chegar mesmo a vomitar.

As comparações com Surrogates são inevitáveis.
Ambos os filmes, cada um com a sua sensibilidade,
partem do conceito de Avatar, redes sociais, jogos online
para criar um universo de vidas duplas grotesco, onde os
pobres miseráveis da sociedade ficam à mercê do hedonismo
diabólico dos mais abastados.

Mas enquanto Surrogates ficou pelo meio termo: nem
filme de acção suficientemente forte, nem profundo imenso
na criação de um universo de ficção científica. Gamer
usa apenas a teoria, para servir de motivo a uma narrativa
visual extravagante, quase abstracta, deixando-nos
completamente a toa. O "porquê?" e o "como?" devem ser
esquecidos para disfrutar realmente deste filme. A vossa
mente só deve estar focada numa coisa: CAOS.

Um filme essencial para quem tem um bruto LCD com um
bom sistema de som. Aliás recomendo à Worten e similares a
passagem em loop deste filme nos LCDs em exposição, garanto
que as vendas vão aumentar exponencialmente.

6.5/10 ( É para aprenderem a não se armarem em irmãos
Wachowski )

REVIEW: Mangue Negro( Rodrigo Aragão, 2008, Brasil )


















Zombies num pântano brasileiro parece-me estímulo suficiente para pôr o filme a rolar. Aprendi que Mangue é uma mistura muito de lama, águas sujas e terra pouco firme, muito particular e característico do Brasil. Neste estado do Espírito Santo, a ZUMBIlhada vem para traçar os apanha-caranguejo. Cheios de castanho.

É então nestes terrenos que ocorre este filme de zombies / entulho / podridão que quase chega àquele estatuto de "bom por ser tão mau". Quase. Pelo menos foi assim que o vi, encostado sem surpresa,a ver uma repetição exaustiva e muito extensa de fórmulas.

O pessoal já entendeu, é tipo futebol, já que tamos no Brasil. O necessário é fazer uma, duas fintas ( o público curte ) mas tens que marcar golo. Nada que fuja de um filme normal de zombies,eu sei, mas prolongar e repetir cenas vezes sem fim é meter a pata na poça. Porra! Tava até gostoso...

Está lá o mini-barraco de madeira ( não colado ao Evil Dead, vá lá ), estão lá os salvamentos de ultima hora, tão lá as vocalizações.Tudo é dúbio neste cinema lamacento e de personagens difusas.Fiquei até pouco encantado com a linguagem dos péssimos actores. E eram brasileiros do mato, que potencial...

O aspecto visual de Mangue Negro é extremamente arroz de cabidela misturado com ressoado e contraste. Apesar de tudo alguns DEFUNTOS são do melhor que já vi. Olhos, ventres e criaturas bicefálas a sair de muco e humus bem molhado, tiveram a qualidade e NOJO necessário para não me fazer desligar a meio destes 105(!) minutos.

5/10

REVIEW: Carriers ( Alex/David Pastor, 2009, USA )



Uma pandemia deixou grande parte do planeta
na decadência e na podridão. Por todo o lado os
corpos vão-se amontoando e a civilização cai
progressivamente no esquecimento.

No centro desta revolução biológica, encontram-se
dois irmãos que percorrem o país cheios de esperança
para que as coisas se resolvam. Um road movie
apocalíptico que pinta muito bem um cenário catastrófico
onde as "partidas" do vírus provocam mais arrepio e temor
do que mortos ambulantes de olhos vidrados no horizonte.

O problema é que os pequenos defeitos mancham as muitas
qualidades que este filme contêm. A aposta na relação entre
os irmãos como ponto de perspectiva não se torna
suficientemente expressiva e forte para funcionar como motor.
O ritmo lento alimentado por referências e apontamentos
redundantes desconcentram e por isso não funcionam como
fertilizantes de emoção que o filme necessita. Ou seja, a parte
emocional não foi bem conseguida, e estando todo o filme canalizado
para esse conceito, chegamos ao final, e só nos lembramos daqueles
momentos instintivos em que puxamos a t-shirt para tapar a boca
e pouco mais.

6/10

REVIEW: Autopsy ( Adam Gierasch, 2008, USA )




Adam Gierasch
, argumentista de idiotices animalescas como
Rats, Crocodile e Spiders, faz a sua estreia como realizador com
Autopsy
.

O resultado não é flor que se cheire e podemos ir mais longe e afirmar
que não vale a ponta de um corno. Infelizmente este senhor também
é responsável pelo remake de Night of the Demons, clássico que prezo
e que temo ver destruído na sua integridade...Estou a ganhar coragem
para espreitar a coisa.

Autopsy pode ser reduzido a pouco no seu contorno; um regurgitar
de Hostel acompanhado por uma salada de Silent Hill para
baralhar os sentidos e fazer de conta que é um filme de terror
estimulante.

Perda de tempo.

3/10

REVIEW: Swamp Thing ( Wes Craven, 1982, USA )




É com pesar que escrevo esta review.
Swamp Thing é uma grande desilusão em vários vectores
e uma merda no geral.

Adaptação cinematográfica, de uma bd de culto da DC COMICS,
que andou aos trambolhões no que toca ao conceito durante
algum tempo, até Alan Moore meter a mão na massa e transformar
Swamp Thing numa bd realmente interessante, influenciando também
futuros argumentistas que viriam a envolver-se com a criatura.

Infelizmente essa reajuste de ideias foi posterior ao filme e assim
sendo, Wes Craven pegou na parte infantil de Swamp Thing,
conseguindo para além disso, tornar ainda mais infantil e idiota do
que já era.

Um filme chato, que mais parece um episódio do esquadrão Classe-A,
que não tendo personalidade suficiente, para celebrar a festa que é
uma conversão para cinema de uma personagem incontornável do
imaginário americano, rapidamente confunde-se com um filme
Série-B
igual a tantos outros.

Optem antes por ler as histórias escritas por Alan Moore que isto
aqui não tem assunto.

4/10

REVIEWS: The Gate ( Tibor Takács, 1987, USA )



Ao ver este filme, fiquei com pena de não o ter visto
quando era mais novo. Um clássico de terror-juvenil
sem prazo de validade. Recomendável para um bom
serão familiar com primos mais novos, prontos a serem
iniciados na arte do obscuro. :D

Para além do mais, conta com a participação de um
Stephen Dorff muito novinho, que nem sonhava ainda,
que mais tarde iria por as gánfias na Pamela.

A história gira à volta de um buraco, que surge da noite
para o dia no quintal de uma família muito Poltergeist,
esse buraco até aí perigoso para os mais distraídos, torna-se
perigoso para toda a humanidade, porque na verdade, é
um portal para o INFERNO. Fixe.

Um prato muito bem servido com tudo no sítio.

7/10

REVIEW: Doghouse ( Jake west, 2009, UK )



Um grupo de amigos reune-se para apoiar um colega
recentemente divorciado. Claro que o plano passa por
cervejas, futebol, ver quem mija mais longe e arrota
mais alto. Ao chegarem à pequena vila de Moodley,
perdida no meio do nada, encontram aquilo que todos
os homens sonham: GAJAS, um porradão delas...mas
com a particularidade de serem ZOMBIES.

Realizado por Jake West, Doghouse não é mais do que
um filme de terror de Domingo à tarde. Humor à la despedida
de solteiro e o gore standard, acessório à galhofa infantilmente
machista.

Depois queixam-se que tão solteiros ou têm namoradas feias.

5/10

REVIEW: Pontypool ( Bruce McDonald, 2008, Canadá )



Pontypool, ponty...pool...pool...pool.
Um filme verdadeiramente tenso e astuto
sobre uma estação de rádio local que vê a
sua pequena cidade de Pontypool passar
por momentos apocalípticos.

Através da perspectiva de uma estação de
rádio e dos seus funcionários, cada um com
o seu feitio, ouvimos os acontecimentos
catastróficos que surgem em catadupa.
Tudo isto funciona às mil maravilhas,
no que toca ao arrepio, graças a uma
óptima realização, sonosplastia e
interpretação. O filme neste momento
parece-nos de todo espetacular e há grande
rejubilo no ar.

Mas infelizmente há aqui uma pedrita no sapato
que borra tudo o resto. Naquele momento em
que estamos verdadeiramente entusiasmados
e não descolamos do ecrã, surge alguém para
explicar o MOTIVO. O problema é que esse
MOTIVO é entregue ao espectador através
de um actor muito MAU. Um terrível erro
de casting, que na minha opinião, desconcentra a
receptividade de tudo o resto que vem para a frente.
Ainda para mais, este tal MOTIVO tem muito
interesse e transforma este filme, que há partida
parece um mero filme de zombies, em algo mais
especial e complexo, mas simplesmente foi entregue
num modo quase teatro de revista. É propositado?
Se foi, não gosto.

Vou arranjar o livro, porque realmente fiquei
com a sensação que havia algo mais para contar
e explorar nesta história...que o filme não soube
afinar a 100%.

7/10

REVIEW : 2012 ( Roland Emmerich, U.S.A., 2009)


















2012 chapadas nos ouvidos e nos dentes que atordoaram. O filme de Roland Emmerich tem dimensão em todas as cenas, tem impacto e exagero para ser pedaço de entretenimento, pena que tenha dedicado tempo a mais ao argumento. Mas só porque não é o meu instinto.

Por mim, tirava todas as frases e relações e tornava-o no melhor fogo de artificio de sempre. Sem limite. Mas era bom de se ver que alguns hábitos não se perdem, apesar de toda a malta dos CGI e do pós-filmagem se terem divertido da melhor forma. Tsunamis em catadupa, placas tectónicas e fendas do "outro mundo" e estrilho de sobra para os nossos sentidos. No cinema vale bem, mas curtia ver ao vivo.

Cada um de nós teria pelo menos uma cena memorizada até ao fim dos dias, como as arcas gigantes, as nuvens das trevas, os clichés,os casais, o incrível e o desagradável, o que por si é bom. Bom para o cinema,no cinema, que os trailers e tiras de pré-lançamento fazem-nos querer sempre mais. Afinal o Cristo-Rei a cair ou o Dalai Lama a ser banhado por ondas só para grandes surfers não deixam pouca água na boca.

7/10 ( no cinema )

REVIEW: Big man Japan ( Hitoshi Matsumoto, 2007, Japão )



Em verdade vos digo que este filme entrou directamente
para o top de coisas bizarras a que já tive oportunidade de
assistir. Uma viagem que exige bastante aragem cerebral,
mas que em troca, proporciona uma experiência audio-visual,
que tão cedo não cairá no esquecimento, seja na perspectiva
positiva ou negativa.

Hitoshi Matsumoto, conhecido cómico japonês, que tem como
costume apresentar-se com a gravata enfiada por baixo das
calças
, preparou aqui um refogado de loucura digno de registo:

Uma espécie de mockumentary sobre um Joe ( interpretado
pelo realizador ) igual a tantos outros Joe`s que formigam pelo
Japão urbano. Este homenzinho tem a peculiaridade de, com a dose
correcta de electricidade, tornar-se um homenzão 20 vezes maior.
Para quê? Para combater MONSTROS - interpretados por figuras
da praça pública humorística Japonesa, entre as quais destaco o
"mau" da trilogia DOA de Takashi Miike. Estes monstros,
garanto, que são das coisas mais geniais/idiotas alguma vez
imaginadas na área das monstruosidades.

Toda a ambiência do filme é deliciosamente delirante que até dá
vontade de comer o pijama de felicidade. O sentido de humor é tão
aleatório que é inevitável soltar uma risada descontrolada de quando
em quando. Os actores são incrivelmente geniais e participam nesta
sinfonia de absurdo 100% afinados. Os combates, nem ao diabo lembram.
As lógicas, mecanismos e pormenores criados para dar algum corpo à
história, são salpicados aqui e ali, com moderação e sensibilidade, para que
o filme nunca se torne suficiente claro para o espectador, deixando-o
num estado constante de vácuo mental, ideal para disfrutar uma ideia
idiota como esta.

Numa perspectiva mais séria, temos também um excelente retrato
urbano/social da cultura Japonesa. Isto para quem achar que o resto
não é suficiente.

Façam o favor de ver isto o quanto antes!

9/10

REVIEW: The Broken ( Sean Ellis, 2008, França | Uk )



E se um dia, ao virar da esquina nos cruzassemos com nós
próprios? É este o ponto de partida para um filme
exageradamente ambiental e de ritmo lento, que apesar
de parecer super fresco e original tem muito de Invasion
of the Body Snatchers.

Sean Ellis aproveita The Broken para dar uns toques na bola
do suspense, mostrando sem grande margem para dúvidas, que
é dono de uma habilidade respeitável. O problema é que
o jogo propriamente dito, acaba por sair prejudicado,
principalmente no que toca à evolução do filme. Com tanto plano
de persianas e ventoinhas a rodar, começamos a ficar nervosos
para que aconteçam coisas - isto até poderia ser bom, mas o problema
é que as "coisas" que acontecem, parecem-nos óbvias ou então pouco
conclusivas. Ainda assim, The Broken possui características muito
peculiares que o tornam um filme curioso de assistir e com potencial
para criar discussão e momentos de reflexão sobre o real significado da
história.

Um filme com a sua graça e o seu quê de metafísica.

6/10

REVIEW: Thirst (Chan-wook Park, 2009, Coreia do Sul )



Uma grande história de Amor, tal e qual como
na realidade; instintivo e insaciável.

Vencedor de alguns prémios sonantes,
entre os quais o destaque para o prémio do Júri
de Cannes 2009, Thirst é um filme denso e
largo em amplitude, que convida a ver mais do
que uma vez, para que nada nos passe
despercebido. E bem que gostava que algo tivesse
passado despercebido pois a realidade (do filme)
faz-nos lembrar o azedume dos temperamentos
aos quais muitas vezes pomos um paninho quente
chamado Destino: Grotesco, absurdo, sexual, cómico
e trágico.

Thirst é um sinal de esperança que vai contra
a crescente extinção do vampiro e da sua
dignidade em quanto figura nobre de Ficção.

9/10

REVIEW: The happiness of the katakuris ( Takashi Miike, 2001, Japão )



Nem sei por onde começar nem como começar para escrever
algo sobre este filme. É complicado expressar em palavras as
2horas de bombardeamento sensorial a que fui exposto. Os
estímulos disparam como foguetes em todas as direcções e
sentimos a vida pulsar nesta obra que celebra a felicidade e
o amor.

Assistimos às aventuras dos Katakuris como parte integrante
desta família; chorando, rindo e cantando num estado de
embriaguez cinematográfica que nos faz ter a certeza que Takashi
Miike não é apenas um gajo com "ideais malucas" mas sim um
homem que vive em comunhão com o ciclo da vida brincando com
todo o tipo de paradigmas e lugares comuns para nos mostrar o
caminho que leva à plenitude existencial: a parvoíce intelectual.

"God is kind to the fools"

8.5/10

PREVIEW: Splice ( Vincenzo Natali ) - 2009

As questões dos monstrinhos, da genética e da ética para ver pela mão de Vincenzo Natali ( Cube, Nothing ), com Adrien Brody. É verdade, está em todas.

O trailer cheira a alien de peluche meets leite, mas parece-me mais que trincável a criatura. Verei.

REVIEW : Scanners ( David Cronenberg, 1981, U.S.A )


















O universo 70s / 80 de Cronenberg é um mundo distante dos outros. Quem sabe disto, aceita Scanners como um pedaço de mente. Só mais um.

O argumentista e realizador cria neste filme uma redoma de visões, organizações, pais da ciência e seres criados com poderes telepáticos com intuitos sui generis. Estes artistas de sugar, usurpar e persuadir as pessoas comuns, são uma parte já considerável da sociedade e como tal proporcionam algumas cenas de sci-fi de poder inquestionável.São injecções de Ephemerol e de bizarrice que me agradam particularmente.

Scanners é um clássico para qualquer aficionado do fantástico com uma banda sonora majestosa e sombria, que por sua vez acompanha os actores duvidosos desta linha Cronenberg, contando com as vísceras e as partículas de exagero despejadas pelo senhor nestas duas décadas .

A cena de destruição "familiar" é mais do que mítica.

8/10

REVIEW: Pandorum ( Christian Alvart, 2009, USA )



Acordar nu, agarrado a tubos numa cápsula criogénica,
parcialmente amnésico, pode ser uma situação deveras
complicada, mas se juntarmos criaturas de dentes afiados
e uma nave repleta de mistérios e tripulantes paranóicos
que não sabem a quantas andam, temos tudo para ter um
bom filme de sexta-feira a noite.

Um imbróglio obscuro nas profundezas do espaço.
Visualmente estimulante, Pandorum falhou em conseguir
unificar um conjunto de ideias muito interessantes que poderiam
colocar este filme numa posição de Top Sci-fi.

Recomenda-se parcialmente.

6.5/10

PREVIEW: KICK ASS (2010, Matthew Vaughn, U.S.A.)





Baseado na serie de "comics" aclamada de Mark Millar e John Romita, Jr., Kick Ass pretende adaptar à grande tela mais um "herói" de BD.

O problema é que a BD é numa vertente nada heróica.

Basta dizer que na primeira tentativa de combater o crime, Dave Lizewski a personagem principal, de fato costurado e bastões prontos, leva um enxerto de porrada, facadas e ainda é atropelado (esta BD é excelente)...portanto dá para ter uma ideia do que vamos ver.

A abordagem ao cinema é que pode ser o real problema: pela sátira? pelo humor manhoso? pela ligeireza de quem quer adaptar ao grande publico algo que não o é (ver o caso WANTED (Timur Bekmambetov, 2008, U.S.A.) que da BD só partilha o nome...a essência do livro politicamente incorrecta ficou para quem conhece o livro.

Só nos resta esperar, por agora fica o trailer...


REVIEW: The Blackout ( Robert D. Sanders, 2009, USA )



MAS QUE VALENTE MERDA!
Horrível em tudo, não existe aqui nada que salve
um FRAME que seja. Um arraial de mediocridade
extrema.

Na véspera de Natal, uma cidade que me parece
Nova Iorque, fica completamente às escuras e sem
comunicações. No êxtase do apagão um gangue de
monstros surge das profundezas para se alimentar
de actores horríveis.

Mau argumento, edição totalmente idiota,
diálogos completamente WTF, actores irritantes,
um monstro demasiado estúpido, sound design
de esgoto, etc. TUDO MAU E CHATO. Transe
profundo de tédio.

Aconselhem este filme a alguém que vos meta nojo.

1/10 ( Por respeito a quem varreu as escadas, puxou
cabos e serviu cafés no set de filmagem. )

P.S: http://duanewhitaker.com/images/feastposter.jpg

PREVIEW: Clash Of The Titans (Louis Leterrier, 2010, U.S.A.)

Teaser trailer de um dos filmes mais esperados do próximo ano.

Remake de um dos filmes mais vistos da minha infância.

A ver vamos.

Promete.


REVIEW: Crows Zero 2 ( Takashi Miike, 2009, Japão )



Criei uma empatia com esta série Crows Zero, que remonta
aos tempos de fascínio idiota perante coisas como Dragon Ball.
Um filme que aceito que odeiem, porque no fundo é completamente
infantil e azeiteiro, considerando no entanto que essa opinião
é totalmente idiota e imatura intelectualmente. Exige-se a
aceitação de um pacto de ficção para que possamos disfrutar
em pleno deste épico.

No post anterior relativo ao primeiro filme da série, referi que
a história era baseava numa Manga de nome CROWS e WORST,
sucessos da década de 90. Crows Zero situa-se num momento
cronológico anterior aos livros, uma prequela onde são
apresentandos episódios passados que "seriam" o ponto de partida
para os livros . Neste momento estou a devorar os livros
( versões online, não encontrei para já forma de encontrar isto a venda )
e criou-se aqui um culto de entretenimento que poderá durar algum
tempo. Aparentemente não existirá mais nenhum filme da série mas
dado o sucesso, está já planeado uma série animada e quem sabe isso
poderá, no futuro trazer mais algum live action que espero esteja
a cargo do Mestre Takashi Miike senão vai tudo por água abaixo.

Crows Zero 2 continua a saga do primeiro filme: o conflito interno
entre os gangues de Suzuran para obter o controlo da escola é agora
interrompido pela introdução de um conflito com uma segunda escola:
HOUSEN
.

Tudo o resto é igual, a intensidade, o ritmo, a estética meia Morangos com
Açucar meia Mad Max meia vou-te partir os olhos ao meio. E vale a
pena insistir: MUITA PORRADA mostrada de uma forma extremamente
COOL
e onde toda a gente tem sempre um cigarro na boca.

Vejam esta merda e arranjem um conflito com alguém mal acabe o filme.

8/10

crow zero II from Rinplus on Vimeo.

REVIEW : Chopper (Andrew Dominik, 2000, Australia )



















O homem é bera! Insensível, completamente agressivo e nada paz de alma, Mark "Chopper" Read mereceu uma biografia. Ou não fosse este gajo o mais violento de todos.

É uma daquelas bios mais embrulhadas em coisas artísticas, precedente e certamente inspirador para Bronson, com a distância e diferenças que existem entre estes dois filmes.

Chopper é um bom filme que relata a vida deste tough guy dentro das grades, o respeito que impôs à base da sarda e de varada velha. Tem um toque bonitinho por causa de uma boa realização e pelo único papel decente que vi do Eric Banna. Ainda por cima está sem dentes e com um bigode texano...

Tenho tendência para comer todos os filmes de hooligans,gangs, encarcerados e durões e este vale ver.

7/10

REVIEW: Crows Zero ( Takashi Miike, 2007, Japão )



Manga é daquelas coisas que nunca me entrou muito
bem na tola, por isso mesmo desconhecia totalmente
este Crow Zero ( bestseller no japão) que Miike adaptou
para filme. Como desconheço a manga em questão vou
anular a coisa da equação porque sinceramente não
precisamos dela para devorar esta porrada de meia-noite.

Peguem num tabuleiro e barrem com Morangos com Açucar,
acrescentem-lhe uma camada de Battle Royale e Fight Club,
condimentem com o molho especial Takashi Miike pulvilhem
com AKIRA e metam no forno: Crow Zero.

Algures no Japão existe uma escola onde os professores e as
raparigas não existem. As turmas são pedaços de terreno a
ser conquistado pela lei do soco e do biqueiro de forma a
expandir o território, tal e qual como no RISCO, até atingir
a hegemonia e o controlo da escola só porque sim.

Um filme bastante linear e extremamente vistoso que nos parte
os dentes durante 2horas seguidas sem parar.

8/10

REVIEW: The city of lost souls ( Takashi Miike, 2000, Japão )



Takashi Miike a jogar em casa: Yakuzas, Tríades Chinesas,
malas com dinheiro, droga, jogo, prostituição, muita porrada,
tiros, personagens inesquecíveis e acima de tudo momentos
inesperados/descontextualizados de provocar arritmias
cardíacas. Quem já viu as trilogias Dead Or Alive e Shinjuku
Triad Society sabe perfeitamente do que estou para aqui a
vender e a esses posso garantir o mesmo grau de diversão, quanto
aos outros: VEJAM AGORA!

Se há alguém aqui que está curioso quanto à história, posso
adiantar desde já que o filme tem como herói um brasileiro
de nome MARIO que para além de falar mal português é gajo
para desfazer à porrada meio quarteirão de gajos com espadas
em 7 segundos. Este brasileiro não se encontra só, estando bem
acompanhado por chineses mafiosos com ar maçonico mestres
em ping pong, russos bebados e corruptos, brasileiros distribuindo
"caralho" QB no meio do caos linguístico asiático, japoneses a falar
brasileiro, um jamaicano que não aprecia zoofilia ( especialmente
debaixo da sua janela) ( às 4h da manhã )....É melhor ficar por aqui
senão ainda falo da luta de galos.

Desenmerdem-se(?) e vejam!


8/10


REVIEW: ZOMBIELAND (2009, Ruben Fleischer, U.S.A.)




Meus caros, em verdade vos digo que este é um dos melhores filmes de zombies de sempre.

Esqueçam a abordagem de susto e horror, este filme preenche e transborda todos os requisitos de um bom filme de mortos-vivos enquanto nos faz rir à boa gargalhada com direito a lágrima no canto do olho em cenas que vão ficar na retina nos anos vindouros. A brincar a brincar sem nunca cair no gozo ou parvoíce, este filme pega nos clichés e dá-lhes um gostinho novo. Não é caldo Knorr é mais do que isso.

Um dos melhores genéricos de filmes de zombies e não só? Check.
Woody Harrelson no seu melhor? Check.
Regras muito uteis de sobrevivência em caso de Apocalipse zombie? Check.
Diálogos e personagens carismáticos? Check.
A melhor "cameo" de sempre? Check.

E a lista continua...

Obrigatório.

9/10

REVIEW : Moon ( Duncan Jones, 2009, U.S.A. )



















Enorme, simples e belo, muito mesmo.

Esteticamente perfeito e com Sam Rockwell no papelão, Moon é um filme imperdível para quem se queira prezar como ser. Há semelhanças com boas peças de sci-fi orfão de monstros e lembrei-me de HAL 2000 de 2001 Odisseia no Espaço Kubrick,por exemplo. No sofá foi-me recordado pela voz de Kevin Spacey, com mestria e emoção. Vale a semelhança, vale tudo.

Não se explica muito, vê-se, sente-se com o mood certo e fica-se feliz. Pensativo e feliz. Até a lamechice lhe fica bem. É um drama no espaço, com dimensão de humanidade.

Resumo apenas que o astronauta Sam Bell é mecenas de uma lua, numa espécie de central energética que suporta os Homens. O resto não posso contar porque é cinema do bom, processos e conteúdo impecável dirigido por Duncan Jones ( por sinal filho de David Bowie ) num dos melhores filmes de 2009. Entra também para o meu top 10 Sci-Fi de sempre. Avé.

9/10

REVIEW: Vargtimmen ( Ingmar Bergman, 1968, Suécia )



"The Hour of the Wolf" is the hour between night and dawn.
It is the hour when most people die. It is the hour when the
sleepless are haunted by their deepest fear, when ghosts and
demons are most powerful. "

Ingmar Bergman.

Uma experiência. Um esboço em construção sobre aquilo que
dá forma aos pesadelos. Pesadelos que destroem a barreira
conceptual de real/surreal e coexistem num filme que não é
mais do que parece: Um desfile de sensações obscuras que
simbolizam apenas a lógica da loucura e nada mais do que isso.
Se esmiuçar-mos mais do que o filme pede, acabamos por
distorcer a intenção original de Ingmar Bergman:

Terror em estado bruto, lapidado com toda a mestria perante
os nosso olhos.

8/10

REVIEW: Repulsion ( Roman Polanski, 1965, USA )


Um filme de sugar o oxigénio até ao último átomo.
Infinito e Perfeito, Repulsion mostra-nos o caminho
até à repulsa total da existência: a Loucura.

Catherine Deneuve, Mulher (Invólucro) perfeita ( MESMO ),
é vítima, heroína e vilã nas mãos de um Roman Polanski
com o cérebro quente e a alma super iluminada. Repulsion é
uma obra perfeita para rever mais do que dez vezes e que
dá pano para mangas no que toca a interpretações, simbologias,
sentimentos e paralelismos: Arte. Arte servida num
prato a ferver que nunca arrefece por muito que as coisas
mudem cá fora no mundo real.

Perfeito.

10/10

REVIEW: The People under the stairs ( Wes Craven, 1991, USA )



Se me perguntarem qual o meu filme preferido de terror
sou capaz de perder algum tempo a ponderar sobre meia dúzia
de títulos. Se a pergunta for "qual o melhor título?" responderei
prontamente THE PEOPLE UNDER THE STAIRS. A questão
principal agora é: O filme vale tanto como o título? hummm....
nem por isso.

Um conto de fadas bizarro, sobre um rapaz oriundo de uma família
de parcos recursos financeiros e com um visto em tudo naquela lista
de problemas do Professor Mambo. O rapaz decide entrar num
plano de assalto com uns amigos do alheio à casa dos Senhorios,
sovinas egoístas senilmente capitalistas que juntando ao facto
de serem más pessoas com pouco sentimento têm uma casa com
PESSOAS DEBAIXO DAS ESCADAS e uma história de vida
que rivaliza com a de Satanás.

Como já tinha referido, um conto de fadas urbano com dicas sociais
que exige alguma maturidade criativa para ser bem aceite mas que
depois desenrola num caminho infantil quase Disney que não encaixa
com aquilo que prometeram e exigiram no início.

Apesar de ter pormenores e ideias bastante originais, no fim de tudo
senti-me semi-inexplicavelmente enganado.

6/10

REVIEW: Last House on the Left ( Wes Craven, 1972, USA)



O primeiro filme da carreira esquisita de Wes Craven.
Um filme (ainda) intenso, desconfortável, que deu que
falar, tal e qual Irreversible há uns tempos atrás ( e temos
que ter em conta que na altura não se via tanta pouca
vergonha como hoje).

A história de duas amigas vítimas de todo o tipo de
atrocidades e as consequências para os engraçadinhos
que as praticaram, numa pura lógica violação-vingança.

O espectador sente-se orfão nesta espiral de vingança,
raiva, violência, maldade e sobretudo escuridão ao fundo
do túnel.

O que torna o filme ainda mais perturbador, para além do
óbvio, é a forma é como as coisas nos são apresentadas de
forma quase cómica/satirizante, sublinhado pela música
que nos parece sempre despropositada e quase num tom
provocatório.

Wes Craven a fechar o tasco logo na inauguração, acabando
por ficar cá fora fechado também.

O remake anda aí. Vejam este primeiro Sff.

8/10

REVIEW: La maschera del demonio ( Mario Bava, 1960, Itália )



O filme de estreia de Mario Bava, apesar de ter finalizado
e colaborado em meia dúzia de coisas menores, foi com
La Maschera del demonio que Bava disse olá ao mundo
e cravou bem fundo no celulóide os 10 mandamentos
para o terror italiano.

Baseado num conto de Nikolai Gogol, Bava criou uma
atmosfera de mistério para contar uma história sobre
vingança. Uma bruxa condenada e queimada pela própria
família jura amaldiçoar as gerações vindouras com toda
a espécie de artimanhas diabólicas e para bem do filme
a profecia concretiza-se 200 anos mais tarde.

A imagem a preto e branco, sonolenta, remete para um
mundo passado de lendas e mistérios sobrenaturais
de contornos difíceis de definir como num pesadelo.
A ambiência gótica e suturna que contrastava com
o sensacionalismo macabro de produções de outros
cantos do globo coloca este filme num lugar especial no
museu do Terror.

Um filme estéticamente mágico que agrada aos sentidos
se tivermos a devida consciência temporal.

7.5/10

REVIEW: Paranormal Activity ( Oren Peli, 2009, U.S.A. )


















Vi finalmente o "fenómeno" Paranormal Activity, que sendo um filme de baixissimo orçamento atingiu esta semana o primeiro lugar na Box Office, deixando para trás Saw IV, por exemplo, que se torna assim no 1º filme da saga SAW a não atingir a primeira posição na semana de estreia.

A máquina de marketing funcionou perfeitamente, mas o filme saiu furado para mim. Preparado em 2007 e lançado em 2009, este Paranormal Activity,uma espécie de Poltergeist handycam que relata as experiências de uma jovem moça com elementos do além, não alcança sequer o mérito pela câmara meio "shaky" meio CCTV. Nem pelos fenómenos. Nem por nada. É um filme forçado,tornando-se chato e cansativo ( tal como o próprio casal ) esperar por picos, apesar de alguns ruídos e movimentos me terem subido o olho. No geral, é pouco estimulante e para quem procura o estilo Blair Witch, recomenda-se vivamente REC.

5/10

REVIEW: Body Bags ( John Carpenter/Tobe Hopper, 1993, USA )



Três histórias de terror realizadas por Tobe
Hopper
e John Carpenter num único filme que conta
ainda com participações fugazes de praticamente todos
os Big Boys do Terror Americano. Body Bags não é um
filme, mas sim uma suecada no café entre amigos:

Gas Station ( uma estação de serviço à noite, uma jovem
empregada e a notícia de uma onda de crimes violentos
são as peças de um segmento que faz lembrar Halloween
e o facto de John Carpenter ser um autêntico Ronaldo do
suspense. )

7/10

Hair ( Terror/Comédia/ficção numa tonalidade descontraída
a fazer lembrar Twilight Zone. A história de um careca que
queria ter cabelo e acabou por ser surpreendido pela
criatividade de um argumentista infantil. Segmento também
da autoria de John Carpenter )

6/10

Eye ( Basicamente a mesma história que o The Eye. Ainda não
encontrei dados para encontrar a razão da semelhança entre o
filme asiático e este segmento realizado por Tobe Hopper. Conta
ainda com a participação de Mark Hamill que demonstra porque
é que não entrou em praticamente mais nada digno de registo
depois de Star Wars. )

4/10

John Carpenter versão morto-vivo a servir de anfitrião numa morgue,
muito no estilo Tales from the Crypt.

10/10

Um "filme", saído directamente para TV, que não acrescenta nada de novo
servindo apenas como objecto de curiosidade para quem goste do trabalho
destes dois realizadores.

Apesar de ser um grande fã de John Carpenter e ter pena da infelicidade
das escolhas de Tobe Hopper dou:

6/10

porque exigia-se mais desta malta toda junta.

REVIEW : The Tournament ( Scott Mann, 2009, U.K. )


















Este blog não vive à custa do fantástico e o fim-de-semana de acção é saudável para o todo. E The Tournament encaixa, com todas as fórmulas. Houve buzz e este blog sobrevive.

Então é assim: De 7 em 7 anos, há um concurso privado em que as apostas dos tiranos prevalecem e ditam que 30 assassinos da alta roda, com modos próprios, se andem a eliminar uns aos outros. A máquina CCTV é o veículo de comunicação entre o campo de acção, leia-se estrilho e mortes, e os engravatados sentados na mesa a ver o jogo. No final do jogo, com a duração de 24h, só poderá restar um dos assassinos, que vence assim o concurso.

Como é fácil de ver que o caminho está desbravado para um bom filme de acção. Não é nada de novo e poder-se-á pensar que bebe um pouco de The Running Man com o grande Schwarzenegger, mas é certo que tem belas cenas de pancada, artes marciais, perseguições, explosões e as parolices / exageros necessários. Tem os plotholes que quisermos encontrar mas entretém, para além de contar com os bons desempenhos de Robert Carlyle ( este homem rocka sempre), Ving Rhames ( Day of the Dead ) e Kelly Hu.


7/10

REVIEW: Wrong Turn ( Rob Schmidt, 2003, USA )



Mais uma ramificação "horror no bosque com um tarado",
desta feita três, três aberrações consanguíneas do piorio desenhadas
pelo mestre Stan Winston ( Predador )

Wrong Turn vai directo ao assunto e não tem medo em ser
demasiado linear, preocupando-se tal e qual como um jogo
de computador, em ter sequências de acção intensas e marcantes.

A verdade é que esta filosofia transformou o filme num autêntico
Slasher/Jogo de Plataformas que não diverte o suficiente mas
que devido as CENAS DE MORTE bastante poderosas, encontra-se ali
no limbo entre os maus slashers/survivals e os bons.

Não há muito mais a esmiuçar sobre este tipo de produto que caminha
a passos largos para a extinção criativa.

5/10

REVIEW : ROCKNROLLA ( Guy Ritchie, 2008, U.K. )


















Para começar, não sou um grande admirador de Guy Ritchie mas sabendo que existe um suposto bom filme, vejo-o se possível, mesmo desconfiado do estilo. RocknRolla é um filme totalmente à imagem do ex de Madonna, com planos, ritmos e cortes rápidos, close-ups e transições wipe. No estilo não me enganei.

A história é típica dos seus filmes: Ladrões, junkies meio artistas, esquemas,uma gaja bem tratada com ar de cabra e um mafioso russo que tenta obter favores de um velho que se orienta bem no meio do crime. O arrastar da história envolve os casuais momentos semi cómicos, um quadro roubado que salta de dono em dono, um affair no clima guerra fria e umas surpresas pouco convincentes. Pelo menos para mim, já que não me enganei no resto também.

A mais-valia deste filme vai para a nova vaga de bons actores britânicos do elenco e entre eles destaco Tom Hardy ( Bronson ) e Toby Kebbell ( Dead Man´s Shoes e Control ). Conta ainda com Berbatov ( Mark Strong ) do Manchester United, que certamente pediu uns dias de folga a Alex Ferguson para rodar o filme. É incrivel a semelhança! O filme nem tanto, é apenas mais um Snatch, visionável, o que não me seduz muito.

6/10