
Zombies num pântano brasileiro parece-me estímulo suficiente para pôr o filme a rolar. Aprendi que Mangue é uma mistura muito de lama, águas sujas e terra pouco firme, muito particular e característico do Brasil. Neste estado do Espírito Santo, a ZUMBIlhada vem para traçar os apanha-caranguejo. Cheios de castanho.
É então nestes terrenos que ocorre este filme de zombies / entulho / podridão que quase chega àquele estatuto de "bom por ser tão mau". Quase. Pelo menos foi assim que o vi, encostado sem surpresa,a ver uma repetição exaustiva e muito extensa de fórmulas.
O pessoal já entendeu, é tipo futebol, já que tamos no Brasil. O necessário é fazer uma, duas fintas ( o público curte ) mas tens que marcar golo. Nada que fuja de um filme normal de zombies,eu sei, mas prolongar e repetir cenas vezes sem fim é meter a pata na poça. Porra! Tava até gostoso...
Está lá o mini-barraco de madeira ( não colado ao Evil Dead, vá lá ), estão lá os salvamentos de ultima hora, tão lá as vocalizações.Tudo é dúbio neste cinema lamacento e de personagens difusas.Fiquei até pouco encantado com a linguagem dos péssimos actores. E eram brasileiros do mato, que potencial...
O aspecto visual de Mangue Negro é extremamente arroz de cabidela misturado com ressoado e contraste. Apesar de tudo alguns DEFUNTOS são do melhor que já vi. Olhos, ventres e criaturas bicefálas a sair de muco e humus bem molhado, tiveram a qualidade e NOJO necessário para não me fazer desligar a meio destes 105(!) minutos.
5/10
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