REVIEW: Salò o le 120 giornate di Sodoma, Pier Paolo Pasolini ( ITALIA, 1975 )


Perverso, abusivo, extremo, perturbador.

O polémico e anti-fascista Pier Paolo Pasolini, assassinado pouco depois de completar Salò o le 120 giornate di Sodoma, adapta livremente "120 de Sodoma" de Marquês de Sade a outra realidade, a uma Itália fascista em que os homens de poder têm-no MESMO. O filme está dividido com base no Inferno de Dante, em círculos temáticos.

Foi proibido em Itália e em diversos países durante muito tempo. Envolve torturas,humilhações e vários comportamentos sádicos ditatoriais de um grupo de 4 homens senhores de tudo, que sodomizam e exploram até ao limite todos os corpos masculinos e femininos da sua colecta. A música clássica que acompanha as sessões dá o toque próprio e elitista ao grupo.

Continua banido em alguns países e gera ainda muita controvérsia em relação a esse modo de vida na era Mussolini, assim como em relação à crueldade e violência visual das filmagens. Ainda mais notoriedade tem por ser considerado uma obra-prima da realização por alguns, como por exemplo Michael Haneke ( Funny Games, Caché ).

Recomendável para um dia em que nos sentimos equilibrados e com tomates. Devemos também ter a digestão feita.

5( não vale abstenção e no meio está a virtude ) / 10



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