
Memórias de infância: Pastilhas Gorila, Jogos sem Fronteiras, e esta obra prima, traduzida tão oportunamente como "Por favor não me morda o pescoço".
Com certeza posso dizer que foi o meu primeiro filme de vampiros e somente com o passar dos anos mudou de categoria: terror para humor. Em criança, o que hoje dá para rir, dava para roer as unhas, só com a idade veio o perceber do ridículo e a gargalhada seguida de: "Epá, este Polanski é o maior"
Esta pérola tem das melhores cenas de sempre, desde um "Van Helsing" que mais parece um bêbado, um ajudante "palhaço", um vampiro abichanado e um "Conde Drácula" com ar rebarbado, uma donzela nada donzela e um meio cigano a tentar safar-se na vida (como vampiro manhoso).
O ambiente é excelente: há pó, teias de aranha, meias rotas. Os vampiros não são sedutores e tem mais ar de mortos que vivos. A banda sonora é perfeita.
A história gira à volta de um professor especialista em vampiros(muito aparvalhado, distraído e ao mesmo tempo genial), chamado Abronsius (Jack MacGowran), que decide ir até a Transilvânia matar vampiros.
Acompanhado do seu medroso ou com um grande sentido de fugir com o rabo à seringa e muito fiel discípulo Alfred (Roman Polanski), Abronsius tem como objectivo aprender mais sobre vampiros e acabar com a raça.
Tudo se complica, entre a incompetência de uns e a parvoíce de outros e o desfecho não é o previsto...
E que desfecho...o final marcou o resto da minha vida com uma fórmula que até hoje defendo, um filme de "terror" não pode acabar bem! Porra!
Este filme sabe bem num domingo à tarde, numa quinta-feira à noite, entre coisas ou só porque o encontramos entre pastas divx ou num dvd empoeirado.
Porque é o que é, e o que pretendeu ser. Porque é fresco e bafiento até hoje.
Porque tem o Roman Polanski com ar de parvo.
Por todas as razões.
9,5/10
Sem comentários:
Enviar um comentário