A LULA ENTRA NOUTRO UNIVERSO



Olá a todos os seguidores (?) deste blog. Neste momento alguns membros LULA decidiram elevar o gosto pelo cinema a outro nível e decidiram formar uma equipa de trabalho com o objectivo de produzir os próprios conteúdos. Apesar de este blog ter sido conduzido maioritariamente pelo universo do fantástico terror, o próximo passo da LULA irá alargar o espectro a outros géneros cinematográficos. Para já as coisas estão ainda em fase de desenvolvimento mas já temos algum trabalho em andamento. Este blog em breve sofrerá alterações adequadas à nova realidade LULA.

Poderão acompanhar o processo através da nossa página www.lulagigante.com ou através do facebook onde continuamos a comunicar ao mundo o que nos vai na alma.

Visitem-nos e não hesitem em falar connosco seja por telefone ou mail ou "like".

Até já,
Álvaro Silveira

PREVIEW: MONSTERS (Gareth Edwards, 2010, UK)





A mim parece-me muito bem.

Na linha de District 9 no sentido orçamental da palavra, este filme está a criar muita expectactiva e a pôr altos executivos de Hollywood a gritar com os subalternos:

"FODA-SE!! Estes gajos fazem filmes por tuta e meia e nós andamos a gastar milhões em MERDA!! Quero este gajo a realizar para nós PORRA!"

Enfim, de momento ficam dois trailers e a sensação de que vou gostar de enfardar um pacote de pipocas a ver este no cinema.



REVIEW: Bad Moon ( Eric Red, 1996, USA )



Isto aqui podia muito bem ter sido o Poltergeist dos Lobisomens. Mas falhou...mesmo com um pastor alemão no papel principal.

Tinha os ingredientes todos: um cão inteligente, um miúdo reguila ( o Pimentinha ), uma mãe solteira e um irmão com um problema de "personalidade". O corpo da história tem algum poder de entretenimento familiar, mas falha na apresentação dos "motivos" e das "intenções" que fazem a história mexer.

Assim sendo, não passa de "mais um do género" com poucos motivos de interesse.

4/10

REVIEW: La Horde ( Yannick Dahan & Benjamin Rocher, 2009, França )




La Horde
é um filme do caralho. Ponto final.

Uma pequena amostra populacional Francesa, enfia-se toda num prédio, para um ajuste de contas com muito ódio racial à apimentar. Enquanto os zombis estão ocupados com outras coisas, a coisa já está extremamente tensa e agressiva, quando aparecem para um pezinho de dança o arraial ganha ainda mais ânimo e, por momentos, todos parecem entender-se com a violência e o espectador delira.

Um filme cheio de tomates, queixo comprido e palavrões em francês. Muita energia sobretudo.

9/10

REVIEW: Død snø ( Tommy Wirkola, 2009, Noruega )



Há filmes de terror que só servem para existir enquanto título ou conceito.
Claro que" zombis nazis na neve" é muito giro, mas não é suficiente.

A fórmula "jovens de férias perdidos em nenhures" onde morrem todos à vez,
onde os cobarde ganham coragem e os fortes acabam por morrer vítimas de um
azar qualquer, faz com que este filme seja uma seca no final das contas. E não vale
a pena estar a falar das "cenas gore engraçadas" porque também estas já cheiram a mofo.

Um filme para ver em piloto automático. Sem brilho.

5/10




Dead and Buried é daqueles filmes que, enquanto trailer, são espetaculares. Já enquanto filme, oferecem tanto e põe tanto elementos e dicas em cima da mesa, entusiasmando e agarrando o público com grande pujança, que depois não sabem como juntar aquilo tudo e oferecer um final em condições. Frustração paira no ar. Vale pelo ambiente enevoado.

5/10

REVIEW: El retorno del Hombre-Lobo ( Paul Naschy, 1981, Espanha )



Houve uma altura em Espanha, em que andava tudo a fazer filmes de terror com fita-cola e bricolage. Este é um deles e é bom sim senhor. Grrrr...

O que salta logo à vista é o argumento hiper rocambolesco, as qualidades físicas das deliciosas actrizes, a música que já foi reciclada em mil "demos" de death metal e cavernices do género e sobretudo, meia dúzia de planos verdadeiramente escabrosos e inspiradores.

El Retorno del Hombre Lobo mistura a Condessa Bathory com Licantropia e se acharam o Van Helsing uma mistura forçada, embora engraçada, vão poder tirar a barriga de misérias com isto aqui.

Insisto para que vejam este filme e percebam o "je ne sais quois" muito próprio destas produções e, se acharem que alguma cena surgiu do nada ou que talvez tivessem adormecido a meio do filme, não liguem, é mesmo assim. As coisas acontecem e pronto.

6/10

Não encontro trailer mas aqui fica uma entrevista com o realizador:

REVIEW: The Warriors ( Walter Hill, 1979, USA )



Os anos 80 neste momento são como dois dedos enfiados bem no fundo
da garganta, com uma sanita por baixo. Não há cú. Parem com isso. Mas este filme mostra o
lado bom da lantejoula e da peruca.

Este filme, feito em 1979, parece um catálogo de moda para os loucos anos de disco
que se avizinhavam. E nisso, é espetacular. Aliás, apetece-me dizer que, nunca vi um
filme com tanto estilo na minha vida inteira. Porrada tem pouca e a que tem é suficientemente
inocente para desenhar um sorriso e espetar uma mão na testa em sinal de desistência.

O que é que se passa aqui afinal? Um gangue vê-se de repente perseguido por outros gangues em território inimigo. Objectivo: Chegar a casa sem tacos de baseball enfiados no cu.

Nunca esta expressão foi tão bem aplicada, aqui vai: ROCKA!

8/10

REVIEW: Wolfen ( Michael Wadleigh, 1981, USA )



Em 1981 toda a gente pensava em Lobisomens e toda a gente fazia
filmes de lobisomens e havia pelo por todo o lado. Nesse mesmo ano de 1981
havia acesa disputa entre The Howling e American Werewolf in London
pelo trono da licantropia e ninguém pareceu reparar em Wolfen.

Vale a pena reparar? Vale.

O ambiente está lá todo. Os fumos a sair da sarjeta. Os investigadores a suar,
os vestidos com pregas e chumaços a abanar ao som de sintetizadores.
Os lobisomens pairam sobre a cidade como uma ameaça e há que ter cuidado em
toda e qualquer esquina e viela.

Os lobisomens não são o Mal puro e incarnado na terra com o objectivo
de destruir virgens e inocentes. São receptáculo de injustiça e congeminam nas sombras
da cidade. O Homem Branco está a destruir tudo e cabe ao Capitão Planet...aliás, aos
Lobisomens resolver o assunto.

Muita consciência e avisos fazem deste filme uma espada de dois gumes. Há quem goste
da vertente revoltada com o mundo, há quem considere pretensiosa. Eu cá achei um
filme razoavelmente divertido.

6/10


REVIEW: Candyman ( Bernard Rose, 1992, USA )




Clássico. Clássico. Clássico. Clássico. Clássico.

Confesso que fico um pouco perdido ao falar deste filme.
Numa abordagem superficial, parece-nos um filme de terror caótico dos anos 90,
igual a tantos outros.No entanto se estivermos atentos conseguimos decifrar
algo nas entranhas com mais conteúdo do que aparenta...e abelhas.

O "monstro" é exemplo disso mesmo. Não é nenhum matulão tipo Michael Myers
ou Jason, nem tem o ar exageradamente doentio de Freddy Krueger ou os pregos na
cabeça do Pinhead mas por baixo do seu casaco janota existe um inferno de conflitos
raciais, injustiças e realidades urbanas que transformam todo o panteão numa
cambada de cachopos amuados com falta de atenção.

Aconselho com pujança.

Alguém sente-se realmente à vontade a repetir 5 vezes o seu nome frente a um
espelho?

7/10

REVIEW: Seventh Moon ( Eduardo Sanchéz, 2008, USA )



Estamos na china e é o dia em que os mortos sobem ( ou descem ) a terra.
É também o dia em que o outrora genial e revolucionário argumentista/director
do mega sucesso Blair Witch Project confirma ao mundo que afinal foi "vítima"
das circustâncias.

Tudo começou muito bem e a aproximação Cloverfield/Blair Witch
até estava com alguma piada. Os actores eram decentes e tudo ocorria
da melhor forma. A noite caiu, o mistério adensou-se e a coisa prometia
e criava algumas pulgas. A lua cheia ia alta e os primeiros esboços de Monstro
Chinês faziam tangentes ao enquadramento, prometendo o inferno.
Neste momento estava razoavelmente contente...mas não por muito tempo.

Aquelas coisas meio The Descent meio bailado contemporâneo aborreceram-me
e fizeram-me lembrar os Power rangers e tudo de repente me pareceu um episódio
do Stargate.

Siga para o próximo...

5/10

REVIEW: The Fearless Vampire Killers (Roman Polanski, 1967, UK & USA)




Memórias de infância: Pastilhas Gorila, Jogos sem Fronteiras, e esta obra prima, traduzida tão oportunamente como "Por favor não me morda o pescoço".

Com certeza posso dizer que foi o meu primeiro filme de vampiros e somente com o passar dos anos mudou de categoria: terror para humor. Em criança, o que hoje dá para rir, dava para roer as unhas, só com a idade veio o perceber do ridículo e a gargalhada seguida de: "Epá, este Polanski é o maior"

Esta pérola tem das melhores cenas de sempre, desde um "Van Helsing" que mais parece um bêbado, um ajudante "palhaço", um vampiro abichanado e um "Conde Drácula" com ar rebarbado, uma donzela nada donzela e um meio cigano a tentar safar-se na vida (como vampiro manhoso).

O ambiente é excelente: há pó, teias de aranha, meias rotas. Os vampiros não são sedutores e tem mais ar de mortos que vivos. A banda sonora é perfeita.

A história gira à volta de um professor especialista em vampiros(muito aparvalhado, distraído e ao mesmo tempo genial), chamado Abronsius (Jack MacGowran), que decide ir até a Transilvânia matar vampiros.
Acompanhado do seu medroso ou com um grande sentido de fugir com o rabo à seringa e muito fiel discípulo Alfred (Roman Polanski), Abronsius tem como objectivo aprender mais sobre vampiros e acabar com a raça.
Tudo se complica, entre a incompetência de uns e a parvoíce de outros e o desfecho não é o previsto...

E que desfecho...o final marcou o resto da minha vida com uma fórmula que até hoje defendo, um filme de "terror" não pode acabar bem! Porra!

Este filme sabe bem num domingo à tarde, numa quinta-feira à noite, entre coisas ou só porque o encontramos entre pastas divx ou num dvd empoeirado.

Porque é o que é, e o que pretendeu ser. Porque é fresco e bafiento até hoje.
Porque tem o Roman Polanski com ar de parvo.

Por todas as razões.

9,5/10





REVIEW: La noche del terror ciego ( Amando de Ossorio, 1971, Espanha )



E houve grande regozijo! La Noche del Terror ciego
( Tomb of the blind dead )
é espetacular! Não só por ter sido filmado
em Portugal antes do 25 de Abril de 1974, facto que me intriga bastante,
mas também porque consegue recriar um dos ambientes mais kinky terror
ui ui mãozinhas de esqueleto a sair da cripta e espanholas de soutien aos gritos.
Há aqui planos e momentos verdadeiramente sexys onde os MORTOS-VIVOS
conseguem ser mesmo irritantes e pungentes na arte de criar pesadelo visual
( enquanto andam a cavalo ). Um filme de TERROR CEGO com ar disso mesmo.
Tem ainda também uma banda sonora do arco da velha que ainda embeleza
mais as coisas e dá vontade de fazer um pacto com o diabo.

...e tem CRIPTAS.

Genial!

IMPORTANTE: Vejam a versão falada em espanhol por amor de Deus.

8/10

REVIEW: Dead Meat ( Connor McMahon, 2004, Irlanda )



ZOMBIES....DA IRLANDA!

Dead Meat é quase amador, segue a fórmula sem tirar nem por do
formato Zombie, tem FX horríveis, banda sonora de telemóvel, actores
sinistros e não traz nada de novo....mas...é altamente e deve ser visto.

Heavy Metal e Vacas loucas!

6/10

REVIEW: Insanitarium ( Jeff Buhler, 2008, USA )



Um idiota faz-se de atrasado mental para conseguir entrar
no sanatório onde está, "injustamente", a irmã suicída. Na tentativa
de a salvar, o herói descobre que decorrem experiências pouco éticas
nos recantos mais obscuros da instituição. Experiências que resultam
em Muito mas Muito sangue.

Do realizador de Midnight Meat Train, Insanitarium é um filme caótico
mal organizado que nos atira para o meio da sanatório sem sabermos lá
muito bem como. O que safa isto ( mas pouco )são alguns bons minutos de
chacina desenfreada lá mais para o final.

5/10 ( o filme é mau mas a chacina vale a pena )

REVIEW: The Company of Wolves ( Neil Jordan, 1984, UK )



The Company of Wolves é uma delícia psicadélica.
Uma aventura pelo folclore europeu mais obscuro de uma forma pouco
infantil. Pegando nas peças que compõe a história do Capuchinho
Vermelho constrói-se aqui um delírio quase Freudiano à volta de uma
menina que começa a descobrir o outro lado para além do manto da
inocência....onde há LOBISOMENS.

Um filme que vai agradar bastante àqueles que se babavam com a série
Jim Henson's Storyteller.

8/10

REVIEW: Survival of the Dead ( George Romero, 2010, USA )



George Romero anda arrastar-se pelo cinema como um dos seus zombies.
Lento, chato e sem chegar a lado nenhum. Já chega homem! Vai passear
com os netos.

Survival of the Dead é um Big brother numa ilha infestada. Duas famílias
com sotaque irlandês disputam a forma mais ética de se livrarem da praga
zombie. Uma facção defende que se deve acorrentar a malta à espera de uma
cura outros defendem que se deve espetar um balázio na testa e arrumar
logo o assunto. E é isto.

Nunca vi um filme tão caótico emocionalmente e com tanta coisa puxada a ferros.
Os acontecimentos ocorrem como em telenovelas venezuelanas e os actores ficam
à toa e nós também. Sinceramente não percebi nada deste filme, mesmo. Quanto
aos zombies: aborrecidos.

Espero que seja o último.

3/10

REVIEW: Daybreakers ( Michael/Peter Spierig, 2010, USA )



Mais um semi-blockbuster que me desilude este ano.
Este esteve quase quase a passar a barreira mas não conseguiu
porque tem tanta coisa que não faz sentido e que polui o ambiente
que não dá mesmo para dar uma hipótese de sobrevivência.

Num futuro próximo os vampiros são a raça dominante no planeta
terra. Como podem imaginar fica tudo virado do avesso e toda a gente
vive durante a noite. Os humanos viram-se como por magia transformados
em recursos naturais e como na nossa realidade estão a esgotar-se a um
ritmo alucinante. São empilhados e sugados por multinacionais que procuram
lucro. O filme anda por estes caminhos e certamente agrada aos mais activistas.

O problema é que existem bastantes pormenores incoerentes que impedem
este filme de entrar como groselha no nossos organismo. Quando tudo parece
bonito e entusiasmante há sempre alguma coisa que nos crava uma estaca
no raciocínio. Não vou enumerar porque não gosto de chutar "spoilers" por
muito pequenos que sejam mas acreditem que há coisas de desesperar um santo.

Este filme faz-me também pensar que UNDEAD realizado por estes dois irmãos
Spierig afinal não passa de um filme caótico mal feito que resultou numa delirante
epopeia esquizofrénica sem querer.

5/10 ( porque esteticamente tem coisas bonitas )

REVIEW: The Howling ( Joe Dante, 1981, USA )



Lembro-me de uma noite de São João do Porto em que entrei
num café, para descansar as pernas e beber um sumol com os
meus pais, quando algo na tv me atirou para um estado de horror
tremendo. Na televisão um homem na maior das misérias
transformava-se a muito custo num lobisomem. A pele esticava,
o pelo brotava de forma primaveril e havia baba e sangue por
todo o lado. Um horror que inexplicavelmente passava indiferente
a toda a gente estava totalmente canalizado para mim.
Fiquei três noites sem dormir.

Esta cena horrível pertence a The Howling, vim uns anos mais
tarde a descobrir. Aprendi também a não ter medo e a apreciar
aquilo que The Howling é: um filme referência no universo
licantropo com uma curva de sensações suficientemente ampla
para agradar a gregos e troianos e até aos mais esquisitos entre
estes.

Dado triste: A famosa transformação acabou por perder nos óscares
para a transformação ocorrida em American Werewolf in London.

7/10

REVIEW: Legion ( Scott Stewart, 2010, USA )



Apostava veementemente que este filme seria O Filme de acção-fantasia
do ano e para minha salvação ainda bem que não apostei dinheiro. Desilusão
total. Desilusão porque efectivamente o filme é mau, mas também porque
mexe com uma temática pela qual nutro carinho: ANJOS REVOLTADOS
ARMADOS ATÉ AOS DENTES.

Não vamos entrar em discussões teológicas nem falar de princípios nem de
"ai o cinema americano blá blá". Não tem nada haver com isso. O filme no
universo de fantasia que cria é aborrecido e vazio. É certo que tem um ou
outro momento de acelerar o ritmo cardíaco por breves segundos mas logo
estagna numa poça de nada. Passei o filme a pensar "vá é agora..." "ei agora
é que vai ser..." "eix agora isto..." mas nunca chegou a nenhum pico de acção
verdadeiramente entusiasmante.

Se gostam da temática vejam o The prophecy já aqui revisto. É ligeiramente
melhor e tem o Cristopher Walken.

4/10