Reviews: Fantastic Voyage (Richard Fleischer, U.S.A., 1966 )


















Um filme de culto, vencedor de 2 óscares e que motivou o grande Isaac Asimov a escrever uma réplica ( algo pouco habitual ), pós-filme.

O argumento vive da fértil imaginação e criatividade imensa da época, em que o desconhecido fascinou muito e o porto seguro foram os mais geniais cientistas.
Um grupo de quatro homens e uma mulher formam uma tripulação, que dentro de uma nano-nave, tem a missão de viajar por dentro do corpo humano e realizar uma complexa intervenção cirurgica. O objectivo é salvar a vida de uma pessoa demasiado importante para morrer.

Os efeitos visuais são muito sui generis e todos os espaços internos do chassis humano têm as alegorias e componentes que me fez ficar colado até ao fim do filme. É óbvio que não podemos entrar em comparações contemporâneas, nem sequer esquecer as limitações da época, mas é sem duvida uma grande obra, recheada de grandes ideias e efeitos especiais, imperdível para os fãs do género.

Não é por acaso que James Cameron irá fazer um badalado remake.

7/10

Kick-Ass Red Band Trailer: Meet Hit Girl

Mais um trailer do aguardado Kick Ass.

Agora é esperar.


Kick-Ass Red Band Trailer: Meet Hit Girl - Film School Rejects

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TOP LULA NATALÍCIO



Pumba. Caiu-nos em cima o Natal com grande agressividade.
É encher o bandulho até morrer e fazer de conta que somos cristãos.
Sou fã acérrimo desta época por vários motivos óbvios; prendas,
família, Rua de Santa Catarina, castanhas, nascimento de Jesus, etc...
mas o melhor de tudo é ver filmes no sofá com os primos e os tios.
Assim deixo uma sugestão de 10 filmes para a consoada:

As ofertas são várias, escolham consoante o vosso espectro familiar
e tenham um óptimo Natal.

Sem ordem específica:


Poltergeist:
Steven Spielberg + família Vs. Além.

Black Christmas:
Uma républica cheia de miúdas a celebrarem o Natal + Assassino.

The Gate:
Portal para o Inferno no quintal. Excelente para ver com primos
mais novos.

Gremlins:
Sem comentários.

Fearless Vampire Killers:

Muita Neve, vampiros e um ambiente super acolhedor e mágico.
Num tom burlesco perfeito para toda a família quando os miúdos
já estão a ficar com sono.

Home Alone:
Não me canso de ver este filme e verdade seja dita o homem que
mete sal nos passeios é das cenas mais assustadoras de sempre.
Excelente.

Back to the future ( trilogia ):
Esta trilogia deve ser sempre revista nesta época. Sempre.

Hellraiser:
Para terminar a noite recomendo este festim de violência para
desenjoar. A caixinha dos cenobitas com um lacinho em cima fica
um mimo nesta altura.

Jurassic Park:
Natal + Dinossauros = plenitude.

The Happiness of the Katakuris:

Um filme sobre a Família. Para ver de barriga cheia e quando já
está tudo a aparvalhar.

Review: Avatar ( James Cameron, 2009, U.S.A. )


















I´m blue dabadidabada.

Via iMax meets óculos escuros, este é um momento incrível. A nível visual é das melhores experiências que já tive numa sala de cinema e valeu bem o custo. Ainda bem que 7,40 € não soluçaram engasgados, em nome do showbiz.

Nem sou nada "Final Fantasy" mas os ambientes gerados por James Cameron, em quarentena há uns tempos,com budget avultado e abraçado ao fundo do mar, são simplesmente intensos, de uma enorme cor e ligação à mãe Natureza. Isto no ecrã das dimensões, cada vez mais perto, mergulhou-me durante largos minutos. O estilo jogo de computador + Sir Arthur Conan Doyle + Jurassic Park + LSD + Julio Verne está no ponto.

Tudo é minuncioso na estética de Avatar, todos os planos são pensados, equilibrados com legendas e profundidade de campo, pronto a resolver problemas do passado. A aproveitar a tecnologia e CGI esticado ao limite Cameron foi genial.

Na história manteve a banalidade e o amor, apesar da Sigourney Weaver, mas felizmente nem tudo neste filme é para reparar.

8/10

REVIEW: The House of the Devil ( Ti West, 2009, U.S.A. )


















Bom filme de terror.Com boa dose de sal e pimenta.

Ao aceitar ser babysitter numa noite de eclipse, uma menina é levada a casa de seu hospede.Uma amiga, que por sinal é uma das loiras de BagHead, junta-se por conveniência e fazem uma boa viagem...

Está bom de ver que não é novo, mas é um filme centrado numa atmosfera e clima bem trabalhado,em que o "não ser novo" ajuda o espírito. O tema Casas Assombradas, tipico e explorado antes, leva aqui com uma mão no ombro.Lento e revivalista até à explosão, rebenta bem, com o esquema bem definido e há cultos, banda sonora e sangue q.b..

Bem realizado, muito eighties até no movimento e acção das personagens. Desejo a todos muito VHS de aluguel, soda e lays no sofá. De carapins.

8/10

REVIEW: CRANK: HIGH VOLTAGE ( Mark Neveldine/Brian Taylor, 2009, USA )



Julgava que era impossível ser mais gratuito, violento,
rápido, azeiteiro e obsceno que o primeiro filme.
O segundo tomo de Crank é absolutamente doente,
frenético e viciante a duplicar e tem o upgrade fantástico
de ter Mike Patton como responsável pela banda sonora
o que torna as coisas ainda mais ritmadas e coloridas.

KABOOM!

Não há mais nada a dizer. O homem agora tem um coração
artificial e precisa de ELECTRICIDADE constante para
continuar a sua saga de destruição massiva sobre tudo e
todos.

Mais uma biqueirada nos filmes de acção ocidentais, engonhados,
coninhas e Domingueiros. Os Asiáticos começam a ter rivais a altura
com estes dois sujeitos.

Mais! MAIS! MAIS!

9.5/10

REVIEW: Crank ( Mark Neveldine / Brian Taylor, 2006, USA )




Uma palavra para descrever Crank: FODASSE!
O melhor filme de ACÇÃO que já vi desde há muito,
fodasse: se calhar é o melhor que já vi mesmo!

Quem se puser com "haaa mas aquela cena não tinha
lógica..." a ver este filme deve levar imediatamente
com um tiro nos tomates só para não se armar em
Kasparov.

Temos tudo aqui: Um anti-herói perfeito e memorável, bruto
como os cães e imune as leis da Natureza, uma edição de provocar
insónias durante semanas, uma comédia romântica sem escrúpulos
e 100% machista, vilões com personalidade suficiente para levarem
porrada com mais estilo.

A história:

Um homem ( perigoso e artista do assassinato ) acorda mal disposto
e rapidamente descobre que lhe injectaram uma merda chinesa que
lhe fode o esquema todo da adrenalina. A solução a curto prazo enquanto
não apanha o salafrário com o antídoto, é manter a adrenalina ao máximo,
caso contrário morre. E como se mantêm a adrenalina ao máximo?
A resposta está algures entre o Grand Theft Auto e o Postal.

Imaginem o estilo kitsch de disposição de personagens de Guy Ritchie,
misturado com a liberdade e horizonte criativo de Takeshi Miike e os
movimentos tortuosos de Michael Mann e têm CRANK: se calhar o
melhor filme de acção de sempre!

Vou já ver o CRANK 2: HIGH VOLTAGE senão explode-me o coração!

9/10

REVIEW: Gamer ( Mark Neveldine/Brian Taylor, 2009, USA )



Gamer, realizado pela dupla hiper-tensa também
responsável pela série Crank, é um filme de acção
exagerado em tudo. Ficamos tontos do início ao fim
e dependendo do tamanho da televisão ou da tela
podemos chegar mesmo a vomitar.

As comparações com Surrogates são inevitáveis.
Ambos os filmes, cada um com a sua sensibilidade,
partem do conceito de Avatar, redes sociais, jogos online
para criar um universo de vidas duplas grotesco, onde os
pobres miseráveis da sociedade ficam à mercê do hedonismo
diabólico dos mais abastados.

Mas enquanto Surrogates ficou pelo meio termo: nem
filme de acção suficientemente forte, nem profundo imenso
na criação de um universo de ficção científica. Gamer
usa apenas a teoria, para servir de motivo a uma narrativa
visual extravagante, quase abstracta, deixando-nos
completamente a toa. O "porquê?" e o "como?" devem ser
esquecidos para disfrutar realmente deste filme. A vossa
mente só deve estar focada numa coisa: CAOS.

Um filme essencial para quem tem um bruto LCD com um
bom sistema de som. Aliás recomendo à Worten e similares a
passagem em loop deste filme nos LCDs em exposição, garanto
que as vendas vão aumentar exponencialmente.

6.5/10 ( É para aprenderem a não se armarem em irmãos
Wachowski )

REVIEW: Mangue Negro( Rodrigo Aragão, 2008, Brasil )


















Zombies num pântano brasileiro parece-me estímulo suficiente para pôr o filme a rolar. Aprendi que Mangue é uma mistura muito de lama, águas sujas e terra pouco firme, muito particular e característico do Brasil. Neste estado do Espírito Santo, a ZUMBIlhada vem para traçar os apanha-caranguejo. Cheios de castanho.

É então nestes terrenos que ocorre este filme de zombies / entulho / podridão que quase chega àquele estatuto de "bom por ser tão mau". Quase. Pelo menos foi assim que o vi, encostado sem surpresa,a ver uma repetição exaustiva e muito extensa de fórmulas.

O pessoal já entendeu, é tipo futebol, já que tamos no Brasil. O necessário é fazer uma, duas fintas ( o público curte ) mas tens que marcar golo. Nada que fuja de um filme normal de zombies,eu sei, mas prolongar e repetir cenas vezes sem fim é meter a pata na poça. Porra! Tava até gostoso...

Está lá o mini-barraco de madeira ( não colado ao Evil Dead, vá lá ), estão lá os salvamentos de ultima hora, tão lá as vocalizações.Tudo é dúbio neste cinema lamacento e de personagens difusas.Fiquei até pouco encantado com a linguagem dos péssimos actores. E eram brasileiros do mato, que potencial...

O aspecto visual de Mangue Negro é extremamente arroz de cabidela misturado com ressoado e contraste. Apesar de tudo alguns DEFUNTOS são do melhor que já vi. Olhos, ventres e criaturas bicefálas a sair de muco e humus bem molhado, tiveram a qualidade e NOJO necessário para não me fazer desligar a meio destes 105(!) minutos.

5/10