Um clássico Hammer muito bem engomado, que apesar da distância temporal, ainda consegue manter o respeito e puxar um sorriso de satisfação.
Cristopher Lee, numa prestação deliciosa, dá corpo a Duc de Richleau, homem largo em Cultura e que entre muitas outras qualidades, possui também todo o "Know-how" para combater uma SEITA SATÂNICA que teima em atazanar as almas de dois pobres inocentes pelos quais o Duque nutre grande carinho.
Uma viagem pelo Oculto onde o Diabo surge em nuvens de fumo e os seus acólitos de olhos esbugalhados vestem togas roxas.
Um filme pleno de teatralidade com uma excelente banda-sonora que sem dúvida merece ser visto.
AVISO: Este filme contêm a materialização mais ASSUSTADORA de sempre do DIABO. MESMO.
Tales from the hood, contos fantásticos directamente dos subúrbios americanos. Rusty Cundieff apoiado por Spike Lee abordou alguns dos problemas que corrompem a comunidade afro-americana. Aqui os maus são os polícias brancos corruptos, os políticos brancos mal intencionados e a violência excessiva entre gangs de supostos "irmãos" de sangue. O paranormal surge aqui como hipérbole ou metáfora se quiserem, como em contos infantis. Infelizmente o resultado não é suficientemente bom, e digo infelizmente porque todo o filme passa uma boa vibração e boa disposição genuína de quem teve um carinho especial a criar este conjunto de fábulas urbanas.
Não é suficientemente bom porque as histórias não têm brilho suficiente, empancando muito em moralismos e paternalismos. Sentimos que estamos a levar um raspanete em vez de uma boa história de terror. Compreendo que o objectivo talvez fosse esse e respeito mas essa falta de sintonia com o sermão fez com que o filme me passasse bastante ao lado das emoções.
Após algum tempo sem ver filmes e consequente afastamento das lides cá da Lula decidi escolher este título para voltar à rotina. Era um dos filmes que ainda não tinha visto do Wes Craven e tinha um título engraçado que fazia uma óptima combinação com a foto do Bill Pullman ( com uma cruz na testa ) a explodir de um caixão.
O filme realmente despertou-me os sentidos, não por ser espetacular mas por ter chamado à atenção para coisas que pairam no seu perímetro. Primeiro; achei sinistro após algum tempo sem ver filmes, escolher logo um filme que assenta sobre a salada cultural/religiosa do Haiti, e nesse ponto Serpent and the Rainbow é fantástico, fazendo uma visita guiada a locais e acontecimentos culturais Haitianos lindíssimos, intensificando o pesar nos recentes acontecimentos que se abateram sobre aquela pequena ilha que não faz mal a ninguém. Segundo; porque é baseado na história de Wade Davis, o antropólogo que documentou num livro de nome Serpent and the rainbow, toda a sua investigação sobre o fenómeno zombi do Haiti. Sim, ZOMBIS HAITIANOS; não tem nada de mágico mas ao mesmo tempo tem tudo de mágico. Tinha visto um documentário já há muito tempo sobre este senhor mas tinha-se varrido da memória e este filme teve a bondade de abrir essa gaveta. Sigam este link se têm curiosidade em conhecer Wade Davis, o homem que mais odiou este filme.
Odiou porque Serpent and the Rainbow reduz todo um trabalho digno e interessante, que amassa e escava e rebola em religião, cultura, fármacos e drogas alucinogénicas, a um filme de ficção/terror superficial, sem batimento cardíaco, patinando aqui e ali num fio de azeite esporádico.
"When I wrote my first book, 'The Serpent and the Rainbow', it was made into one of the worst Hollywood movies in history. I tried to escape the hysteria and the media by going to Borneo."
É certo que nem todos terão estômago para Taxidermia, mas é claramente um caso de boa surpresa. Grotesco, nojento, bizarro e doente, é um filme cheio de momentos, personagens e gorduras animais. Não há nada que não se veja durante os 91´em que somos presenteados com falos a arder, sexo banhoso, sangue escorrido e competições de gula exagerada. Tudo isto numa fotografia muito arroz de cabidela.
Toda a produção é de alto nível sujo e o efeito conseguido é uma história de gerações e peripécias. Bem executado, é um filme que oferece um bom nível de entretenimento e vómito, sem pudor e preconceito, com boa dose de humor.
Um vírus causador de insanidade e demência é o ponto de partida para um dos poucos filmes de George Romero sem a palavra "dead" no título. Não há zombies, mas há propagação, máscaras, boas ideias, muito maus actores, poucas taquicardias e pouco dinheiro.
Não é um filme excepcional, longe disso, mas este clássico não deixa de ter interesse, crítica, politica e algumas cenas verdadeiramente cómicas / parvas. Não chegaram para me entusiasmar mas também não sou um grande fã deste mestre, pese a sua influência e culto associado.
Já anda para aí o remake, como seria de esperar, com direito a exibição no fantas 2010.